segunda-feira, 31 de março de 2014

A Música na Antiguidade

A palavra música deriva de “arte das musas” em uma referência à mitologia
grega, marca fundamental da cultura da antigüidade
ocidental.
No entanto muitos estudiosos procuram as origens da
música nos períodos
anteriores da história do homem, ou seja, na pré-hi
stória. A maioria acredita
que é muito difícil conceber como os “homens das ca
vernas” entendiam a
música, pois não deixaram vestígios arqueológicos a
respeito do entendimento
dos sons, fato que permite muita especulação a resp
eito. No entanto, a possibilidade de imaginar a música em
sociedades Pré-históricas é
mais plausível do que se imagina, pois, utilizando
os conceitos predominantes
na sociologia, encontramos ainda hoje sociedades qu
e vivem na pré-história, em
um nível de organização social que não atingiu o es
tágio de civilização. O
exemplo mais fácil para nossa percepção são os indí
genas brasileiros, que, na
maioria dos casos, vivem ainda no período neolítico
, com o desenvolvimento de
uma agricultura rudimentar e organização social tri
bal.
Dessa maneira podemos perceber que o homem na pré-h
istória produzia uma
música com caráter religioso, mágico, quer dizer, r
itualístico, batendo as mãos e
os pés, com um ritmo definido, agradecendo aos deus
es ou buscando sua
proteção para a caçada ou guerra. No mesmo período
os homens passaram a
bater na madeira, produzindo um som ritmado, surgin
do assim o primeiro
instrumento de percussão.
Os Primeiros Elementos
A noção que hoje se tem da música como “uma organiz
ação temporal de sons e
silêncios” não é nova. Civilizações muito antigas j
á se aproximaram dela,
descobrindo os elementos musicais e ordenando-os de
maneira sistematizada.
Os historiadores têm encontrado inscrições as quais
indicam que um caráter
nitidamente ritualístico impregnava a maior parte d
a criação musical da
Antiguidade.
Por muito tempo as formas instrumentais permanecera
m subdesenvolvidas.
Predominava a música vocal. Essa forma, adicionando
à música o reforço das
palavras, era mais comunicativa e as pessoas assimi
lavam-na melhor. Assim se
explica o grande desenvolvimento que atingiu entre
os antigos.
Os povos de origem semita cultivavam a expressão mu
sical, tornando-a bastante
elaborada. Os que habitavam a Arábia, principalment
e, distinguiram-se pela
criatividade. Possuíam uma ampla variedade de instr
umentos e dominavam
diferentes escalas. Segundo parece, tocavam, sobret
udo, para dançar, pois foi
entre eles que surgiu a “Suíte de Danças”, um gêner
o que sobrevive ainda hoje.
A Bíblia mostra que também os judeus tinham a músic
a como hábito. Davi fala
sobre ela nos “Salmos”, e diversas outras passagens
bíblicas contêm menções a respeito.
  Na China, o peculiar era a própria música, devido à
sua monumentalidade. Os chineses utilizavam nada menos


que 84 escalas (o sistema tradicional da música
ocidental dispunha de apenas 24). A variedade da su
a instrumentação era
imensa. E já por volta do ano 2255 a.C. o domínio s
obre a expressão musical
atingia tal perfeição entre eles, que sua influênci
a se estendia por todo o
Oriente, moldando a música do Japão, da Birmânia, d
a Tailândia e de Java.
Origem Mecânica
A origem mecânica da música divide-se em duas parte
s: a primeira, na
expressão de sentimentos através da voz humana; a s
egunda, no fenômeno
natural de soar em conjunto de duas ou mais vozes;
a primeira, seria a raiz da
música vocal; a segunda, a raiz da música instrumen
tal.
Na história da música são importantes os nomes de P
itágoras, inventor do
monocórdio para determinar matematicamente as relaç
ões dos sons, e o de
Lassus, o mestre de Píndaro, que, perto do ano 540
antes de Cristo, foi o
primeiro pensador a escrever sobre a teoria da músi
ca. Outro nome é o do
chinês Lin-Len, que escreveu também um dos primeiro
s documentos a respeito
de música, em 234 antes de Cristo, época do imperad
or chinês Haung-Ti. No
tempo desse soberano, Lin-Len – que era um de seus
ministros – estabeleceu a
oitava em doze semitons, aos quais chamou de doze l
ius. Esses doze lius foram
divididos em liu Yang e liu Yin, que correspondiam,
entre outras coisas, aos
doze meses do ano.
Origem Física e Elementos
A música, segundo a teoria musical, é formada de tr
ês elementos principais. São
eles o ritmo, a harmonia e a melodia. Entre esses t
rês elementos podemos
afirmar que o ritmo é a base e o fundamento de toda
expressão musical.
Sem ritmo não há música. Acredita-se que os movimen
tos rítmicos do corpo
humano tenham originado a musica. O ritmo é de tal
maneira mais importante
que é o único elemento que pode existir independent
e dos outros dois: a
harmonia e a melodia.
A harmonia, segundo elemento mais importante, é res
ponsável pelo
desenvolvimento da arte musical. Foi da harmonia de
vozes humanas que surgiu
a música instrumental.
A melodia, por sua vez, é a primeira e imediata expressão
 de capacidades musicais, pois se desenvolve a partir da língua, da
acentuação das palavras, e forma uma sucessão de notas característica que, por
vezes, resulta num padrão
rítmico e harmônico reconhecível.
O que resulta da junção da melodia, harmonia e ritm
o são as consonâncias e as
dissonâncias. Acontece, porém, que as definições de
dissonâncias e
consonâncias variam de cultura para cultura. Na Ida
de Média, por exemplo,
eram considerados dissonantes certos acordes que pa
recem perfeitamente
consonantes aos ouvidos atuais, principalmente aos
ouvidos roqueiros (trash
metal e afins) de hoje.
Essas diferenças são ainda maiores quando se compar
a a música ocidental com
a indiana ou a chinesa, podendo se chegar até à inc
ompreensão mútua. Para
melhor entender essas diferenças entre consonância
e dissonância é sempre
bom recorrer ao latim:
Consonância, em latim consonantia, significa acordo
, concordância, ou seja,
consonante é todo o som que nos parece agradável, q
ue concorda com nosso
gosto musical e com os outros sons que o seguem.
Dissonância, em latim dissonantia, significa desarm
onia, discordância, ou seja,
é todo som que nos parece desagradável, ou, no sent
ido mais de teoria musical,
todo intervalo que não satisfaz a idéia de repouso
e pede resolução em uma
consonância. Trocando em miúdos, a dissonância seri
a todo som que parece
exigir um outro som logo em seguida.
Já a incompreensão se dá porque as concordâncias e
discordâncias mudam de
cultura para cultura, pois quando nós, ocidentais,
ouvimos uma música oriental
típica, chegamos, às vezes, a ter impressão de que
ela está em total desacordo
com o que os nossos ouvidos ocidentais estão acostu
mados.
Portanto o que se pode dizer é que os povos, na rea
lidade, têm consonâncias e
dissonâncias próprias, pois elas representam as sua
s subjetividades, as suas
idiossincrasias, o gosto e o costume de cada povo e
de cada cultura.
A música seria, nesse caso, a capacidade que consis
te em saber expressar
sentimentos através de sons artisticamente combinad
os ou a ciência que
pertence aos domínios da acústica, modificando-se esteticamente
de cultura para cultura.

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