domingo, 30 de março de 2014

A importância da música na primeira infância!!



Para o bom desenvolvimento da primeira infância, ou
seja, nos seis primeiros anos de vida, é
necessário que seja respeitado o tempo certo para a
s três primeiras fases neste período que
são: andar, falar e pensar. Quando nasce, o organis
mo da criança ainda não está pronto.
Todos os órgãos em seu corpo irão terminar a formaç
ão até os seis anos contando com as
forças plasmadoras (forças formativas) e outras for
ças. Este processo acontece de maneira
rítmica acompanhando a respiração. A criança exteri
oriza todo este ritmo que está
acontecendo em sua formação. Quando anda, brinca e
fala, ela expressa esse movimento
interior tão intenso pelo qual está passando nesta
fase. Pode-se dizer que a criança vive dentro
do ritmo. Ela é puro ritmo. Juntamente com as força
s plasmadoras, atuam as forças plásticas
musicais, sendo esta última proveniente do ambiente
externo criado pelos educadores.
Este ambiente criado vai de encontro com as necessi
dades musicais da criança. Assim como
as forças plasmadoras estão acabando de formar todo
o físico, as forças plásticas musicais
estão também atuando nesta formação física e são ca
pazes de transformar este processo.
É importante ressaltar que tudo o que está sendo fo
rmado neste período será carregado por
uma vida inteira.
O trabalho que é realizado dentro de um jardim de i

nfância Waldorf propicia este caminho
saudável à criança. No dia-a-dia das classes, o bri

ncar livre ocupa a maior parte do tempo em
que a criança fica na escola e é neste momento que
ela vivencia tudo que é necessário para o
seu bom crescimento físico e intelectual posterior.
Além do ato de brincar tão importante para a crianç
a, realizam também: trabalhos manuais;
atividades artísticas; vivenciam o momento da histó
ria através dos contos de fadas; teatro de
fantoches; roda rítmica; bem como brincadeiras dire
cionadas. Toda vez que o professor canta
ele procura criar um ambiente musical pentatônico (
música pentatônica) e de quintas, sendo
este último o intervalo musical criado entre a prim
eira nota, o Ré, e a quinta nota o Lá. Ao soar
este intervalo cria-se o ambiente de quintas.
A música pentatônica é aquela que possui intervalos
musicais inteiros.
Dentro das escolas Waldorfé usada a escala pentatôn
ica de Ré.
Existe também a musicalização direcionada às crianç
as mais velhas da classe, que é feita por
um professor de música. Neste momento o instrumento
usado é a kântele (pequena Lira feita
em madeira com sete ou dez cordas de aço afinadas n
a escala pentatônica de tom Ré). Nesta
aula, o professor de música usa como ferramentas o
ritmo e a imitação para trabalhar as
canções desejadas. Com a kântele o professor de jar
dim também pode atuar no momento de
contar a história, fazer o teatro e até criar um am
biente para tocar canções que possam
acalmar as crianças.
Quando nasce a criança traz consigo uma musicalidad
e muito grande, porém o ambiente
musical corriqueiro e os ruídos constantes podem fr
ear esta capacidade musical nata que a
criança possui.
Dentro do trabalho musical realizado nos jardins Wa
ldorf com a música pentatônica e o
ambiente das quintas, o professor pode resgatar est
a intimidade sonora existente na criança.
A combinação de todas estas atividades proporciona
à criança um ambiente saudável e até
terapêutico.
Como a criança é pura imitação e ritmo neste períod
o de sua vida, ela acaba imitando não
somente os gestos exteriores (como brincadeiras, at
itudes de adultos que com ela convivem,
etc.), mas também o que acontece interiormente com
as pessoas que estão ao seu redor.
O ambiente musical criado nos jardins Waldorf possi
bilita que as influências exteriores e
interiores recebidas pela criança sejam transformad
as em atitudes salutares.
Para que esta musicalização ocorra de maneira natur
al, os educadores devem primeiramente
desenvolver um trabalho de reencontro com a música
pentatônica e suas propriedades. Este
reencontro deve ser feito de maneira muito especial
. O educador deve deixar-se levar pela
maior qualidade existente dentro da música pentatôn
ica, qual seja, o amor incondicional.
Esta qualidade tão importante está intrínseca nesta
música por ter o tom Lá como centro. O Lá
é o tom do coração segundo a euritmia, sendo este o
órgão responsável por levar a vida, o
calor e o sentimento ao homem. O coração é o centro
de todo o sistema rítmico do corpo. O
ambiente de quinta traz à criança um aconchego, um
calor amoroso, que é regido pelo mesmo
tom Lá.
O instrumento mais propício para se transmitir esta
amorosidade é a voz.
Só ela tem a capacidade de criar este ambiente amor
oso com muita intensidade na criança.
Ela deve ser clara e límpida para que a criança pos
sa imitá-la. O trabalho com a kântele deve
ser um ponto de partida para se resgatar o ambiente
de quinta dentro do professor. O apoio
pedagógico neste instrumento proporciona ao adulto
a oportunidade de desenvolver em si os
sentimentos mais puros possíveis e só assim transfo
rmar sua voz num canal que leva às
crianças todas as propriedades musicais inerentes a
pentatônica, deixando-as imbuídas neste
grande amor caloroso.
A kântele tem um significado belíssimo em sua criaç
ão. Pelo que sabemos, surgiu na Lituânia e
era utilizada em danças; para se contar histórias;
e ninar as crianças antes de dormirem.
Ela é um instrumento delicado e possui um som muito
suave que busca exteriorizar a sutileza
sonora existente no interior de cada indivíduo.
Outrossim, ressalta-se que na Pedagogia Waldorf exi
ste o princípio da educação de
proporcionar à criança a vivência de todo o process
o do caminho da humanidade dentro de sua
biografia.
No ensino infantil isto não acontece de maneira dif
erente. Estudando detalhadamente cada
idade da criança, pode-se perceber que ela passa, p
or cada período das épocas culturais.
Analisando musicalmente cada época cultural, pode-s
e dizer que em cada período as vivências
musicais atuaram de maneira diferente no homem e co
mparando estas vivências com a idade
a criança desde a gestação até os seis anos, pode-s
e dizer que ela se identifica com certo
período cultural.
Isto também se repete nos próximos setênios. Por es
te motivo trabalha-se no ensino infantil
com a escala pentatônica, que é tida como a primeir
a escala conhecida pelo homem, ou seja, a
escala primordial.
Quando a criança nasce, ela se encontra no interval
o da quinta.
Como foi dito anteriormente, a criança é todo ritmo
nesta fase. O ritmo vive no interior da
criança como necessidade anímica. A música pentatôn
ica e o seu específico intervalo de
quinta (Ré-Lá) ligam-se diretamente com o sistema r
ítmico de todas as pessoas e
principalmente com o da criança. Como já relatado,
a nota Lá é o tom que rege o coração.
Quando o educador desenvolve um trabalho neste sent
ido, ele está contribuindo para a
formação benéfica deste sistema rítmico na criança.
Ao cantar, cria-se este ambiente protetor e amoroso
que a criança necessita para um
desenvolvimento sadio e entra-se em seu mundo inter
ior, ajudando-a na formação de todos os
órgãos vitais e todos seus sistemas digestório, res
piratório e circulatório.
A música materializa-se nos intervalos e tons, cria
ndo um "desenho musical" no espaço onde
ela penetra. É justamente esta organização intrínse
ca dentro da música que forma as forças
musicais que em conjunto com as forças plasmadoras
Foto: A importância da música na primeira infância!!
Elaine Facchim Campana
Para o bom desenvolvimento da primeira infância, ou
seja, nos seis primeiros anos de vida, é
necessário que seja respeitado o tempo certo para a
s três primeiras fases neste período que
são: andar, falar e pensar. Quando nasce, o organis
mo da criança ainda não está pronto.
Todos os órgãos em seu corpo irão terminar a formaç
ão até os seis anos contando com as
forças plasmadoras (forças formativas) e outras for
ças. Este processo acontece de maneira
rítmica acompanhando a respiração. A criança exteri
oriza todo este ritmo que está
acontecendo em sua formação. Quando anda, brinca e
fala, ela expressa esse movimento
interior tão intenso pelo qual está passando nesta
fase. Pode-se dizer que a criança vive dentro
do ritmo. Ela é puro ritmo. Juntamente com as força
s plasmadoras, atuam as forças plásticas
musicais, sendo esta última proveniente do ambiente
externo criado pelos educadores.
Este ambiente criado vai de encontro com as necessi
dades musicais da criança. Assim como
as forças plasmadoras estão acabando de formar todo
o físico, as forças plásticas musicais
estão também atuando nesta formação física e são ca
pazes de transformar este processo.
É importante ressaltar que tudo o que está sendo fo
rmado neste período será carregado por
uma vida inteira.
O trabalho que é realizado dentro de um jardim de i
nfância Waldorf propicia este caminho
saudável à criança. No dia-a-dia das classes, o bri
ncar livre ocupa a maior parte do tempo em
que a criança fica na escola e é neste momento que
ela vivencia tudo que é necessário para o
seu bom crescimento físico e intelectual posterior.
Além do ato de brincar tão importante para a crianç
a, realizam também: trabalhos manuais;
atividades artísticas; vivenciam o momento da histó
ria através dos contos de fadas; teatro de
fantoches; roda rítmica; bem como brincadeiras dire
cionadas. Toda vez que o professor canta
ele procura criar um ambiente musical pentatônico (
música pentatônica) e de quintas, sendo
este último o intervalo musical criado entre a prim
eira nota, o Ré, e a quinta nota o Lá. Ao soar
este intervalo cria-se o ambiente de quintas.
A música pentatônica é aquela que possui intervalos
musicais inteiros.
Dentro das escolas Waldorfé usada a escala pentatôn
ica de Ré.
Existe também a musicalização direcionada às crianç
as mais velhas da classe, que é feita por
um professor de música. Neste momento o instrumento
usado é a kântele (pequena Lira feita
em madeira com sete ou dez cordas de aço afinadas n
a escala pentatônica de tom Ré). Nesta
aula, o professor de música usa como ferramentas o
ritmo e a imitação para trabalhar as
canções desejadas. Com a kântele o professor de jar
dim também pode atuar no momento de
contar a história, fazer o teatro e até criar um am
biente para tocar canções que possam
acalmar as crianças.
Quando nasce a criança traz consigo uma musicalidad
e muito grande, porém o ambiente
musical corriqueiro e os ruídos constantes podem fr
ear esta capacidade musical nata que a
criança possui.
Dentro do trabalho musical realizado nos jardins Wa
ldorf com a música pentatônica e o
ambiente das quintas, o professor pode resgatar est
a intimidade sonora existente na criança.
A combinação de todas estas atividades proporciona
à criança um ambiente saudável e até
terapêutico.
Como a criança é pura imitação e ritmo neste períod
o de sua vida, ela acaba imitando não
somente os gestos exteriores (como brincadeiras, at
itudes de adultos que com ela convivem,
etc.), mas também o que acontece interiormente com
as pessoas que estão ao seu redor.
O ambiente musical criado nos jardins Waldorf possi
bilita que as influências exteriores e
interiores recebidas pela criança sejam transformad
as em atitudes salutares.
Para que esta musicalização ocorra de maneira natur
al, os educadores devem primeiramente
desenvolver um trabalho de reencontro com a música
pentatônica e suas propriedades. Este
reencontro deve ser feito de maneira muito especial
. O educador deve deixar-se levar pela
maior qualidade existente dentro da música pentatôn
ica, qual seja, o amor incondicional.
Esta qualidade tão importante está intrínseca nesta
música por ter o tom Lá como centro. O Lá
é o tom do coração segundo a euritmia, sendo este o
órgão responsável por levar a vida, o
calor e o sentimento ao homem. O coração é o centro
de todo o sistema rítmico do corpo. O
ambiente de quinta traz à criança um aconchego, um
calor amoroso, que é regido pelo mesmo
tom Lá.
O instrumento mais propício para se transmitir esta
amorosidade é a voz.
Só ela tem a capacidade de criar este ambiente amor
oso com muita intensidade na criança.
Ela deve ser clara e límpida para que a criança pos
sa imitá-la. O trabalho com a kântele deve
ser um ponto de partida para se resgatar o ambiente
de quinta dentro do professor. O apoio
pedagógico neste instrumento proporciona ao adulto
a oportunidade de desenvolver em si os
sentimentos mais puros possíveis e só assim transfo
rmar sua voz num canal que leva às
crianças todas as propriedades musicais inerentes a
pentatônica, deixando-as imbuídas neste
grande amor caloroso.
A kântele tem um significado belíssimo em sua criaç
ão. Pelo que sabemos, surgiu na Lituânia e
era utilizada em danças; para se contar histórias;
e ninar as crianças antes de dormirem.
Ela é um instrumento delicado e possui um som muito
suave que busca exteriorizar a sutileza
sonora existente no interior de cada indivíduo.
Outrossim, ressalta-se que na Pedagogia Waldorf exi
ste o princípio da educação de
proporcionar à criança a vivência de todo o process
o do caminho da humanidade dentro de sua
biografia.
No ensino infantil isto não acontece de maneira dif
erente. Estudando detalhadamente cada
idade da criança, pode-se perceber que ela passa, p
or cada período das épocas culturais.
Analisando musicalmente cada época cultural, pode-s
e dizer que em cada período as vivências
musicais atuaram de maneira diferente no homem e co
mparando estas vivências com a idade
a criança desde a gestação até os seis anos, pode-s
e dizer que ela se identifica com certo
período cultural.
Isto também se repete nos próximos setênios. Por es
te motivo trabalha-se no ensino infantil
com a escala pentatônica, que é tida como a primeir
a escala conhecida pelo homem, ou seja, a
escala primordial.
Quando a criança nasce, ela se encontra no interval
o da quinta.
Como foi dito anteriormente, a criança é todo ritmo
nesta fase. O ritmo vive no interior da
criança como necessidade anímica. A música pentatôn
ica e o seu específico intervalo de
quinta (Ré-Lá) ligam-se diretamente com o sistema r
ítmico de todas as pessoas e
principalmente com o da criança. Como já relatado,
a nota Lá é o tom que rege o coração.
Quando o educador desenvolve um trabalho neste sent
ido, ele está contribuindo para a
formação benéfica deste sistema rítmico na criança.
Ao cantar, cria-se este ambiente protetor e amoroso
que a criança necessita para um
desenvolvimento sadio e entra-se em seu mundo inter
ior, ajudando-a na formação de todos os
órgãos vitais e todos seus sistemas digestório, res
piratório e circulatório.
A música materializa-se nos intervalos e tons, cria
ndo um "desenho musical" no espaço onde
ela penetra. É justamente esta organização intrínse
ca dentro da música que forma as forças
musicais que em conjunto com as forças plasmadoras
irão trazer todos os benefícios à criança.
Por derradeiro, conclui-se que todo o trabalho peda
gógico que se desenvolva com a criança
neste período (primeiro setênio) da vida infantil e
que seja permeado pela música pentatônica
acima referida, contribui profundamente para o dese
nvolvimento completo de um ser humano
livre e aberto para a vida.

irão trazer todos os benefícios à criança.
Por derradeiro, conclui-se que todo o trabalho peda
gógico que se desenvolva com a criança
neste período (primeiro setênio) da vida infantil e
que seja permeado pela música pentatônica
acima referida, contribui profundamente para o dese
nvolvimento completo de um ser humano
livre e aberto para a vida.
Elaine Facchim Campana

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