sexta-feira, 23 de maio de 2014

Respiração na Voz Cantada

Respiração na Voz Cantada


A compreensão sobre o mecanismo respiratório e sua importância no processo fonatório, pode auxiliar no desenvolvimento da resistência vocal e coordenação pneumofônica direcionadas ao canto.

O diafragma desempenha papel muito importante na respiração, pois na fase ativa do ciclo respiratório ele se retifica à medida que o ar entra nos pulmões, porém a idéia de se cantar ou respirar pelo diafragma além de equivocada estava difundida entre professores de canto, atualmente algumas pessoas acreditam que para cantar deve-se “respirar pelo diafragma” .


A respiração para a voz cantada é diferente da voz falada, porque o cantor precisa aprender a regular constantemente o gasto de ar de acordo com a intensidade, a altura tonal, o timbre, a extensão e a duração da frase a ser cantada.

Assim como para outros profissionais, é importante que os cantores sejam submetidos a treinamento de controle dos músculos respiratórios durante a expiração, pois quanto mais longa a frase e a restrição quanto ao número de inspirações, maior o controle e responsabilidade desses músculos. É necessário também um treinamento para ampliação da capacidade de inspiração visto que muitas vezes precisa-se de maior quantidade de ar para falar e cantar.

Considera-se importante e superior a respiração nasal, pelo fato do ar ser purificado, aquecido e umedecido, porém a respiração bucal além de mais rápida, consegue direcionar uma quantidade maior de ar para os pulmões em um tempo muito mais curto, devido ao trajeto percorrido ser menor e a porta de entrada maior.
Portanto, no canto ou mesmo em conversas, é impraticável a respiração unicamente nasal, sendo esta utilizada durante as pausas longas.

Ainda há uma discussão sobre o melhor tipo respiratório para o canto, porém, atualmente não há a valorização deste critério como antigamente, pois as escolas de canto têm priorizado a coordenação entre a respiração e a produção da voz, essa coordenação ou controle é popularmente conhecido como APOIO.

Outra questão discutida é em relação à orientação que o aluno recebe para não mover os ombros durante a respiração...
Durante a inspiração se os ombros forem elevados, o limite da caixa torácica será liberado parcialmente, propiciando uma entrada de ar mais rápida, portanto no canto essa manobra pode ser utilizada em situações de exigência de grande fluxo de ar, como em dinâmicas que tenham muita intensidade.



Gosto de comparar a respiração com a gasolina de um veículo. O combustível adulterado traz inúmeras consequências ao desempenho do carro, que por sua vez pode até "andar"... Mas com o passar do tempo o rendimento diminui. Diferente dos benefícios que a gasolina aditivada traz ao carro.
Com a respiração é a mesma coisa, se o indivíduo não possui uma respiração adequada, você até consegue falar, cantar... Mas o desempenho nunca será o mesmo, comparado a uma respiração correta.


Respiração na Voz Falada


O ar é o combustível energético da fonação essencial à produção da voz. Sem ele é impossível ativar a vibração das pregas vocais, fato que pode ser comprovado com a oclusão de boca e nariz simultaneamente e tentativa de emitir algum som. Para produção dos sons da fala, a respiração é natural e os ciclos respiratórios variam de acordo com tamanho da frase e a emoção empregada na mesma, sendo que a inspiração é lenta e nasal em pausas longas, ao passo que rápida e bucal nas pausas curtas, a movimentação pulmonar é pequena com pouca expansão da caixa torácica.

A respiração é dividida em dois processos: um físico-químico, responsável pela troca gasosa e um mecânico, responsável por gerar a pressão de entrada e saída de ar dos pulmões pela traquéia, laringe, faringe e cavidades nasal e oral.

O ciclo respiratório divide-se em inspiração e expiração. O grau de movimento e a força respiratória modificam a partir da demanda respiratória. Dentro da produção vocal o ciclo respiratório altera conforme a comunicação, quanto mais variações de intensidade e entonação, maior a exigência da resistência vocal, que está diretamente ligada à respiração quanto à capacidade vital.

O ar entra passivamente porque a pressão nos pulmões está negativa em relação à pressão do ar no ambiente exterior, assim, não há necessidade de esforço para puxar o ar para dentro. A expiração também ocorre por diferença de pressão intratorácica, mas é ativa em relação à inspiração, ou seja, o ar é naturalmente expelido por causa do relaxamento da musculatura respiratória, uma vez que a pressão nos pulmões é maior do que a pressão atmosférica.

Recebe o nome de coordenação pneumofônica o controle de saída de ar durante a fonação, a correta coordenação pneumofônica não utiliza o ar reserva, evitando a hiperfunção e desequilíbrio dos músculos vocais. O músculo diafragma desempenha um papel importante na projeção da voz pois regula o sopro fonatório no momento da produção vocal propriamente dita.

Na respiração silenciosa o ar deve entrar pelo nariz para que seja filtrado, aquecido e umidificado, chegando aos pulmões em melhores condições. Durante a fala porém, a respiração é feita de modo buconasal, ou seja, o ar entra pela boca durante a fala e apenas em pausas mais longas a inspiração é feita exclusivamente pelo nariz.

Voz anasalada

 Voz afônica, mais conhecido como voz anasalada.
Exercício muito interessante...
Primeiro você vai precisar de um prendedor de roupa.
E um lápis...
Você vai escolher uma música da sua preferência e vai colocar o lápis horizontal na boca, segurando com os dentes pra não cair. Mas com uma mordida leve... rs. Não é necessário quebrar o lápis é somente um apoio.
E logo em seguida, colocar o prendedor no nariz. Para que não solte ar pelas narinas .
E vamos tentar cantar várias vezes com esses acessórios.... Para que a ressonância possa se expandir. E sendo assim enviaremos sinais ao cérebro.... Que aos poucos vai fazer você perder o hábito de falar ou cantar afônico ou Nasal.... Que foram vícios durante toda uma vida que acumulamos.... Por motivo genético ou por ouvir a vida inteira pessoas da sua família falarem assim.... Acabamos construindo esse hábito
Se o seu problema é o som nasal, vc deve fazer alguns exercícios tipo falar algumas frases com o nariz tampado e observar como foi a emissão da sua voz, ou seja qual o caminho que o ar percorreu até sair da sua boca. Em seguida solte o nariz e repita as mesmas frases tentando fazer com que o ar faça o mesmo percurso feito quando com o nariz tampado... 
Alguns exercícios ajudam a termos a percepção de como podemos controlar o ar na hora do canto, pois muitas vezes jogamos muito ar fora logo na primeira palavra, aí não conseguimos acabar a frase ou desafinamos. Confira alguns abaixo:
Bexiga de ar: Inspirar enchendo todo o pulmão, sem estufar o peito, encher de uma vez só uma bexiga de ar e vedar a saída com o indicador e o polegar. Inspirar de mesma maneira e soltar o ar devagar, em sopro, controlando a saída, ao mesmo tempo em que solta o da bexiga com os dedos. Devem acabar juntos, o seu ar e o da bexiga. No começo é difícil, mas é um ótimo exercício de percepção. Depois tente controlar o ar com as frases longas das canções.
Vela: Acender uma vela, posicioná-la a um palmo da boca; inspirar como acima e soltar o ar, como em sopro, controlando a saída retraindo o abdômen devagar, sobre a chama da vela, sem apagá-la. Procurar manter a chama sempre dançando da mesma maneira, se ela diminuir muito ou apagar, você soprou muito forte, se ela ficou ereta, seu ar falhou.

Freqüência dos exercícios: três vezes cada, três vezes na semana.
Dicção: A boa dicção é muito importante para o canto, pois se você não articula bem as palavras, fica difícil de se entender o que você está dizendo, e se não abre a boca o suficiente, a voz sai anasalada. Um exercício fácil é cantar exagerando na articulação, ou ler textos exagerando, abrindo mais a boca do que necessário, pra que ganhe mais abertura.
Você pode também cantar os vocalizes articulando bem as vogais e consoantes, usando sílabas como:
- TRA, TRE, TRI, TRO, TRU
- BLA, BLE, BLI…
- LARA, LERA…
- VINE…VIVIU
- AU…AI…AÊ…ÓI
- NAU…NOIM…
enfim, invente e articule!
Um bom exercício para “amaciar” e relaxar a boca é fazer uma mastigação de boca fechada e depois aberta, fazendo muita careta, com som de “humm”.

2a. voz: A segunda voz é uma mesma frase da canção cantada com notas diferentes da primeira. A mais comum é quando você canta as mesmas notas da primeira frase uma terça acima ou abaixo, ou uma quinta. Muita gente tem essa percepção natural e faz isso sem nunca ter estudado música, mas isso não deve se constituir uma regra. A 2a. voz é qualquer frase cantada com notas diferentes da primeira, mas que soe bonito, harmônico, que combine.
Você pode treinar isso escolhendo canções de algum cantor ou cantora cuja voz se aproxime da sua na extensão vocal, ou seja, que você consiga cantar junto sem fazer muito esforço, então você ao invés de cantar na mesma altura, com as mesmas notas, vá tentando fazer diferente, cantando mais grave ou mais agudo um pouco, procure gravar e ouça com atenção prá ver se soa harmônico, se está combinando.
Trêmulo: O trêmulo, aquela tremidinha no final das frases que alguns cantores fazem, na minha concepção é um recurso natural, da personalidade de cada um, eu desconheço técnica para isso. Se você der uns soquinhos na barriga a voz treme, mas não é natural.

RESSONÂNCIA

RESSONÂNCIA    Voz Cantada

Aí está um assunto que particularmente gosto muito de estudar, entender e experimentar!

Ao longo dos anos de estudo, pude perceber que a medida que há uma base teórica junto a prática do canto, um entendimento sobre fisiologia, a exploração na arte de cantar torna-se muito mais prazerosa e rica.

Quando entendemos o funcionamento da nossa voz, as combinações que podemos fazer tornam-se infinitas e imensuráveis... Não dá para explicar, apenas perceber, ouvir...

Relembrando...
Como vimos no último post (Ressonância Parte I - Voz Falada), a ressonância é responsável pela amplificação do som que é produzido na laringe. Entretanto, quando nos referimos à ARTE DO CANTO temos algo a mais para nos aprofundar.

As diferenças entre a Voz Falada e a Cantada são imensas e isso é algo que me motiva a buscar mais conhecimento. Falando sobre ressonância na voz falada, se uma pessoa possue algum desequilíbrio entre os focos (como vimos anteriormente), isso pode não ser bem aceito pela sociedade, o que leva muitas vezes o indivíduo procurar um profissional para ajudá-lo.

Porém, quando nos referimos ao CANTO, estamos falando de arte, de emoções, sentimentos, idéias, expressão, personalidade...  Com a apropriação das técnicas adequadas podemos fazer inúmeras variações no timbre sem que isso seja um problema, aliás, muito pelo contrário,  essas variações são as responsáveis pelo colorido do timbre.

Portanto, se há fatores na voz falada que não são aceitos, na voz cantada eles podem se transformar em técnicas, em arte!

 Focos de RESSONÂNCIA na Voz Cantada

Ainda não há uma nomenclatura universal para os diferentes focos de ressonância no canto, os professores de canto e fonoaudiólogos especialistas nessa área utilizam variados termos para se fazer entender: voz coberta, voz metálica, voz com brilho, voz escura, caixa alta, caixa baixa, enfim.

Recentemente participei de uma aula com a Dra.Silvia Pinho, e uma das coisas que ela mencinou foi exatamente isso, precisamos falar uma mesma linguagem.

Vou utilizar os termos Ressonância Coberta e Ressonância Metálica. Para entendermos melhor, vamos dividir nossa cabeça em dois pilares, um para ressonância coberta /n/ e o outro para ressonância metálica /m/, conforme a figura ao lado.

Se prolongarmos o som do /n/, iremos perceber que ele está focado exatamente onde mostra a figura, na parte superior da máscara e o resultado é um som mais coberto, com mais brilho.

Se prolongarmos o som do /m/, iremos perceber que o foco de ressonância abaixou, e o resultado foi um som mais metálico.

Dica: Alternando os fonemas /n/ e /m/ em uma mesma pronúncia, fica mais perceptível a mudança do foco.

Existem cantores que fazem uma excelente variação entre focos, o que deixa a música bem mais rica em termos de técnica, outros seguem um padrão mais coberto ou mais metálico.

Há cantores ainda que se utilizam de técnicas de ressonância com sons nasais e com sons guturais (drive e/ou grow - técnica utilizada na black music).
Como disse anteriormente, na arte do canto, desde que haja um domínio da técnica, tudo é permitido. O que vale é a criatividade nas variações e o famoso "feeling", para saber onde exatamente colocar a "cerejinha da taça sorvete"!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


RESSONÂNCIA Parte I - Voz Falada

Antes de entrar no tema propriamente dito, gostaria de relembrar que todo o processo do funcionamento da voz, foi dividido em etapas aqui no Blog para facilitar o aprendizado. RESPIRAÇÃO, FONAÇÃO, RESSONÂNCIA E ARTICULAÇÃO, são os sistemas que fazem parte do aparelho fonador e que funcionam interligados!


O que é R E S S O N Â N C I A?


Devido à fraca intensidade do som laríngeo e a falta de semelhança com os sons consonantais e vocálicos da nossa língua (Leia mais: Produção da voz) , torna-se necessária uma modificação e amplificação desse som. Estas modificações do som ocorre por todo o caminho do trato vocal, passando por estruturas que formam obstáculos ou aberturas, até atingir a saída para o ambiente, pela boca e/ou nariz, este processo é denominado ressonância.

As cavidades de ressonância quando ajustadas, funcionam como um auto-falante natural... Há comparação entre ressonância e uma “caixa acústica” da voz, ou seja,  essas estruturas ou cavidades (pulmões, laringe, faringe, boca, nariz e seios paranasais) propiciam a reverberação do som, fazendo com que este seja modificado e/ou amplificado.

A cor da voz depende da disposição das cavidades de ressonância que possuem características anatômicas individuais, em resumo, podemos reconhecer uma pessoa sobretudo devido a características singulares das suas cavidades de ressonância. Esse é um dos fatores que justificam o fato de que a voz pode ser comparada a uma digital, ninguém possui a mesma, pode ser semelhante, mas igual... jamais!

Focos de RESSONÂNCIA na VOZ FALADA


Os focos de ressonância na voz falada são: nasal, oral e laringo-faríngeo. O ideal é que haja um equilíbrio entre os 3 focos, quando a predominância  ou a ausência de qualquer um deles, o resultado pode ser de uma voz inaceitável socialmente.

Exemplos:
Quando uma pessoa está resfriada, outra ao ouvir sua voz diz: "Você está falando pelo nariz!"
Na verdade, o que está acontecendo é exatamente ao contrário. Se a cavidade nasal está obstruída, o som não é capaz de passar por ela, ou seja, o som está sendo amplificado apenas pelas cavidades oral e laringo-faríngea. Então, todos os sons (fonemas) nasais (m, n, nh, ão, em, en) estarão modificados. Ao invés de mamãe, o indivíduo pronunciará babãe, por exemplo.

Uma pessoa que ao falar, passa aos ouvintes a sensação de estar com a voz estrangulada e que o esforço para falar é muito maior que o normal...
É provável que o foco predominante desse indivíduo seja o  laríngo-faríngeo.

Ao contrário, temos aquelas pessoas que literalmente "falam pelo nariz"! É uma característica encontrada também em alguns homossexuais...
Nesse caso o foco predominante é o nasal.
Abaixo segue o link de uma atriz que é conhecida por sua voz anasalada:
Fran Drescher

Quando há um desequilíbrio entre os focos de ressonância, o ideal é procurar um Fonoaudiólogo, que fará uma entrevista e uma avaliação completa para descobrir a causa de tal desequilíbrio e planejará juntamente com o paciente, as medidas a serem tomadas para a melhora do padrão vocal.



             FIQUE DE OLHO

Impostação Vocal


Impostação Vocal

Impostar a voz é usar todos os recursos técnicos disponíveis como respiração, apoio, Articulação e ressonância, tirando a voz de lugares que podem prejudicar o Canto, por exemplo: garganta (Voz gutural) , nariz (Voz anasalada) e faringe (voz entubada, abafada). O ideal é uma voz equilibrada usando todos os pontos de ressonância procurando sempre colocar a voz, pressão de som para cima, preenchendo toda a cabeça, principalmente a máscara.
Colocar a voz pra cima, encaixar a voz geralmente são termos usados pelos professores quando querem se referir a impostação da voz.
A impostação se dá através de exercícios específicos como Boca Chiúsa (Boca fechada) e vocalizes usando diversas combinações de vogais, escalas e tonalidades, exercitando a voz em toda a sua extensão, aplicando a técnica respiratória, abertura de boca e projeção do som.
Existem pelo menos três maneiras de se cantar ou de impostação vocal, depnedendo do timbre do cantor ou gênero musical.
1) Impostação Total.: Impostação usada no canto Lírico que ficou conhecido na Itália onde surgiu como "Bel Canto", pela beleza , pelo uso máximo da Técnica, trabalhando a igualdade do timbre e por trabalhar a extensão total das vozes. Esse estilo é muito usado e aproveitado na Ópera. O trabalho é feito principalmente em cima de Vogais.
2) Impostação da Fala: Aqui se canta como se fala. Não há uma preocupação em igualar a voz e sim o aproveitamento do seu timbre particular e sua região confortável. Esse jeito de cantar, impostar a voz é ultilizado no Canto popular e em alguns casos no Gospel. A técnica visa aprimorar o que cada um tem de especial.
3) Impostação Mediana: É a que usamos nos musicais. Chamamos de mediana porque ela fica entre a fala e o Lírico (Bel Canto) e por isso é conhecida como Belting, pensando em um diminutivo do Bel canto já que não tem tanto volume e há uma importância grande com o texto uma extensão da fala. No Belting além do canto também utilizamos outros recursos como dança, teatro, figurino e etc. É uma modernização da Ópera, uma vez que na ópera também utilizamos teatro, figurino e etc. No Belting na mairoria das vezes em uma nota aguda o som é um tanto nasal enquanto que no popular iria pro falsete e na ópera para a Voz de Cabeça, ou seja: já que o belting fica no Meio podemos ter um agudo Nasalizado, um agudo bem cheio com voz de Cabeça e podemos ter também meio falseteado dependendo do papel no Musical e Técnica do Cantor.

ARTICULAÇÃO Voz Falada

ARTICULAÇÃO 

Dando continuidade as postagens sobre o funcionamento do aparelho fonador, falarei um pouco sobre ARTICULAÇÃO.

Qual a semelhança entre a figura ao lado e a nossa ARTICULAÇÃO?

De um modo simples, podemos afirmar que a articulação é responsável pela "moldagem" dos sons que produzimos. É ela que dará "forma" a cada som  depois de amplificado pelos nossos ressonadores. (Veja mais em: Ressonância na Voz Falada)


Os diversos sons da língua são produzidos pelas cavidades acima da laringe. Os sons são moldados através de movimentos precisos de língua, lábios e mandíbula. A articulação deve ser precisa para que as palavras sejam inteligíveis. Os movimentos articulatórios são definidos pela língua utilizada, porém o padrão de articulação sofre influência de fatores emocionais do discurso.

A articulação propicia, além da inteligibilidade da mensagem, um equilíbrio da ressonância vocal. Uma articulação ampla contribui para o equilíbrio das pressões supra e infraglóticas, obtendo uma voz com projeção sem esforço vocal. Como já mencionei inúmeras vezes, TUDO ESTÁ INTERLIGADO, se há um déficit em qualquer das "partes" do aparelho fonador, certamente, o comprometimento será no todo.
Podemos então definir Articulação do som como a passagem do fluxo de ar por algumas estruturas móveis, que podem impedir, bloquear, canalizar ou moldar o som. As estruturas articulatórias para fala são: lábios, bochechas, palato duro, dentes, crista alveolar e palato mole.

Classificação da ARTICULAÇÃO na
Voz Falada
Podemos classificar os tipos de articulação na voz falada em 3 categorias:

- Articulação precisa (é aquela adequada para nossa fala, bem aceita socialmente, há um equilíbrio em todas as estruturas envolvidas)
- Articulação imprecisa (não há muito movimento dos lábios e os dentes ficam praticamente ocluídos, geralmente é acompanhada de loudness diminuido, ou seja, volume baixo)
- Articulação exagerada (o indivíduo faz um esforço desnecessário e há excesso de movimentos da língua, lábios e na abertura da boca).

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