domingo, 16 de janeiro de 2011

Dominantes secundárias

Dominantes secundários
Antenor de Carvalho Neto (antenorcneto@oi.com.br)
Dominante secundário
A característica mais forte da resolução da dominante é a movimentação da
fundamental uma quinta perfeita abaixo. A dominante primária na tonalidade
de C é G7.
As dominantes secundárias na tonalidade e C são:
A7  (A – C# - E – G )  é o V7/II a dominante secundária do segundo grau então,
resolve em Dm7 ( D – F – A – C )
B7  (B – D# - F# – A )  é o V7/III a dominante secundária do terceiro  grau
então, resolve em Em7 ( E – G – B – D )
C7  (C – E - G – Bb )  é o V7/IV a dominante secundária do quarto   grau então,
resolve em F7M ( F – A – C – E )
D7  (D – F# - A – D )  é o V7/V a dominante secundária do quinto    grau então,
resolve em G7 ( G – B – D – F )
E7  (E – G# - B – D )  é o V7/VI a dominante secundária do sexto    grau então,
resolve em Am7 ( A – C – E – G )
Note que os exemplos estão na tonalidade de C, devemos conhecer em todas
as tonalidades, nem sempre o G7 vai resolver em C7M.
Quando um G7 aparecer na tonalidade e Bb ele será um V7/II e a expectativa é
que resolva em Cm7 (II na tonalidade de Bb).
Quando este mesmo G7 aparecer na tonalidade de Ab ele será um V7/III e a
expectativa também é que resolva em Cm7 ( III da tonalidade de Ab).
Agora, quando este G7 aparece na tonalidade de G,ele será um V7/IV e é
esperado que ele resolva em C7M ( IV de G).
Este mesmo G7 na tonalidade de F será um V7/V e a expectativa é que resolva
em C7 ( V de F ).
Finalmente quando este V7 ocorre na tonalidade de Eb, ele será um V7/VI e é
esperado que resolva em Cm7 (VI de Eb).
  
Todos os dominantes secundários possuem essas características:
1. São estruturas não diatônicas (pelo menos uma nota do acorde não
pertence à tonalidade ).
2. É esperado que resolva para o acorde diatônico uma quinta justa abaixo.
3. São construídos a partir de uma fundamental diatônica
A última característica (fundamental diatônica ) é a razão pela qual a V7/VII é
omitida desta categoria. A fundamental uma quinta justa acima do VII não é
diatônica, exemplo, na tonalidade de C seria F#.
Exemplos:
Onde anda você ( Vinicius de Morais )
I       V7/II       II
C7M    A7(b13)      Dm7/9
E por falar em saudade ....
Obs:Nesta música você pode encontrar uma harmonização
diferente, no lugar de Dm7/9, D7/9 como no Songbook do
Vinicius, isto é um técnica de rearmonização o IIm7
substituído pelo II7 ( ou vice versa )
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Certo alguém ( Lulu Santos )
I       V7/VI      VI ....
A       C#7        F#m ...
Quis evitar seus olhos mais não pude ...
II Cadencial  primário e secundário
A progressão de acordes II – V7 é chamada de II cadencial, é chamada de
primário quando II – V7, pois resolve no acorde I. Quando resolve nos de mais,
é chamada de II cadencial secundário, quando resolve em um acorde maior é
da forma IIm7 – V7 e quando resolve em um acorde menor IIm7(b5) – V7.
Podemos rearmonizar um dominante secundário substituindo-o pelo segundo cadencial correspondente.
  
Exemplos em C
original C7M A7 Dm7 G7
rearmonizado C7M  Em7-A7 Dm7 G7
original C7M B7 Em7 ...
rearmonizado C7M  F#m7(b5) – B7 C7M ...
original C7M C7 F7M ...
rearmonizado C7M  Gm7 – C7 C7M ...
original C7M E7 Am7 ...
rearmonizado C7M  Bm7(b5) – E7 Am7 ...
Note que os dominantes secundários nos auxiliam a fazer uma condução de
voicings  mais suave e também adiciona um  “colorido”  pela presença do notas que não pertencem a tonalidade.
Exemplo de segundo cadencial secundário.
Samba de Orly ( Chico Buarque )
C7M(9)    F#m7(b5) B7                  Em7
Vai meu irmão,           pega esse avião

Um comentário:

Unknown disse...

Excelente, porém não foi esclarecida uma questão importantíssima, que é sobre quais as esca-las a serem aplicadas em cada dominante secundária, num solo ( improviso ).

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