quinta-feira, 26 de junho de 2014

Voz de Cabeça Voz de Peito e Falsete



Voz de Cabeça Voz de Peito e Falsete
A maioria dos cantores amadores tem uma dificuldade imensa em distinguir Voz de peito, Voz de cabeça e o Falsete, sendo que muitos destes cantores não sabem nem mesmo o que são esses registros.
Antes de tudo, é importante que falemos sobre a voz de peito antes de descrevermos a voz de cabeça e o falsete. A voz de peito é a voz que usamos para falar, o seu formante (região de ressonância da voz, ou seja, região onde se "forma" a voz) se encontra justamente na região do peito, por isso o nome voz de peito. Sugiro que coloque uma das mãos sobre a região peitoral e fale alguma coisa como,por exemplo, seu próprio nome. Observe que foi possível sentir o seu peito "vibrar" enquanto você pronunciava seu nome, isso foi você sentindo o formante da voz de peito. No canto esse tipo de recurso, é mais usado no registro grave, médio e numa pequena parcela do registro agudo.
Sabendo disso vamos à uma pequena e leiga aula de Fisiologia dos músculos vocais enquanto esmiuçamos a diferença entre voz de cabeça e falsete. A discussão sobre voz de cabeça e falsete envolve uma pequena consideração sobre fonação vocal. A ressonância tem efeitos em TODAS as áreas do canto, portanto não seria diferente nesse caso, sendo assim as diferenças básicas entre falsete e voz de cabeça são de fonação.
Atualmente a definição de falsete é a de produção do som quando os músculos vocais Tireoaritenóideos (um músculo da laringe por onde passa o ar) não estão ativos e estão intensamente alongados pela ação dos músculos Cricotireóideos, portanto com todo esse ar passando nas cordas vocais e ela totalmente alongada, o som será produzido por esse fluxo aéreo sobre as bordas finas dos Tireoaritenóideos, mas se com o tempo esses músculos tireoaritenóideos começarem a resistir à esse intenso alongamento deles mesmos, eles começarão fornecer resistência sobre a ação dos  cricotireóideos e o mecanismo vocal começa a entrar na voz de cabeça.
De peito? De cabeça? De mix? De Belting? Como?
Uma preocupação muito recorrente em muitos cantores é a de se devem cantar uma nota, ou determinado trecho de uma música, com voz de peito, voz de cabeça, mix, Belting e por aí vai. Acabam perdendo-se tanto na questão da terminologia do que estão fazendo que acabam esquecendo o verdadeiro propósito da técnica vocal: servir à música e à expressão vocal. Toda técnica deve nos servir para um substrato artístico. Um artista plástico aprende suas pinceladas, com todos seus minuciosos movimentos e ajustes de pressão do pincel sobre uma determinada tela, para que aquilo que está na sua mente e no seu íntimo sejam expressados. A técnica, portanto, não é um fim, pelo qual o artista vive para tal. A técnica é, sim, um meio (muito importante, claro) através do qual o artista consegue se expressar em toda sua plenitude. E a importância do domínio de uma determinada técnica reside, justamente, em conseguir expressar a sua arte da maneira como você, como artista, deseja entregar ao público.
Cantando, portanto, a sua escolha por uma determinada nota ou trecho ser em determinado registro, ou sub-registro, deve ser guiada pelo que a música pede.
Ainda sobre a escolha de um determinado registro, ou sub-registro (e agora, sim, num panorama extremamente técnico), existem alguns problemas semânticos que nos aprontam verdadeiras armadilhas fisiológicas e acústicas. Explico.
Quando pensamos num som forte, com presença e grande projeção, logo pensamos em voz de peito. O próprio termo, por si só, já é bem pernicioso. O termo voz de peito nos faz querer um som forte e com sensações de ressonância mais próximas do peito. E isso pode minar qualquer performance e, até mesmo, sua afinação. (Pasmem! O peito não é um ressonador de verdade. Falo mais sobre isso n’outro post). Veja bem: projeção se dá pelos fenômenos acústicos de harmônicos e formantes. Os formantes são picos nos harmônicos e eles são modificados de acordo com nosso “manuseio” do trato vocal. Um manuseio preciso e correto do trato vocal nos fará sentir o som (sensação de ressonância) em diferentes regiões do nosso corpo. Quanto mais agudo, mais para cima da nossa cabeça vamos sentir o som. Além disso, fisiologicamente falando, na voz de peito temos a preponderância do músculo TA interno (porção interna do tireoaritenóideo) sobre o CT (cricotireóideo) para a tensão das pregas vocais. O TA interno, além de encurtar as pregas vocais, proporciona o aumento da massa, “engordando” a prega vocal. Geralmente essa condição das pregas vocais faz os cantores sentirem uma falsa sensação de controle e uma falsa sensação de potência. Isso pois, além de outros fatores, os ressonadores correspondentes para esse comportamento muscular das pregas vocais são maiores e, por isso, nos fazem sentir um som aparentemente “maior”. Tentando manter essa situação, os cantores acabam pensando que suas vozes serão controladas e projetadas a partir desse comportamento, o que não é nada além de um “suicídio vocal”. ATENÇÃO: Som forte não é sinônimo de força física. A relação não é proporcional. E isso pois à medida que vamos indo no sentido dos agudos, as pregas vocais vão perdendo massa e tornando-se menos espessas. Além disso, os ressonadores recrutados para esse comportamento muscular são menores e mais superiores. A sensação dos formantes muda. Ou seja, se buscarmos manter a mesma sensação de voz de peito durante toda uma canção, além de deixarmos ela monótona, vamos correr um risco sério de terminarmos com um certo cansaço vocal.
Falando sobre as sensações de ressonância (que são as sensações dos nossos formantes), é bom deixar bem claro que sensação de ressonância alta não quer dizer que você está em voz de cabeça. Você pode estar num mix muito bem equilibrado e com a sensação de ressonância mais alta que na voz de peito. O som, nesse caso, inclusive, possivelmente estará bem forte, mas com pouca sensação de “esforço físico”. Muitos cantores, por confundirem os termos, acabam sobrecarregando seus instrumentos por buscarem um som mais “pesado” e, por isso, acabam tentando manter suas vozes “no peito”. Essa “manipulação” vocal tende a nos manter presos em uma extensão reduzida e, ao contrário do que se pensa, com projeção prejudicada. As sensações livres de ressonância são resultados de um correto alinhamento entre nossas pregas vocais e nossas cavidades amplificadoras. Para cada “shape” de prega vocal, uma determinada cavidade será recrutada. E isso precisa ser entendido. A projeção, o brilho e o timbre rico da voz serão moldados por diversos fatores, mas, principalmente por uma correta aplicação das vogais.
Trabalhar com todas essas possibilidades é trabalhar a nossa dinâmica vocal. A voz precisa ser dinâmica em muitos aspectos. Talvez não haja, inclusive, instrumento tão completo em termos de possibilidades e dinâmicas como nosso próprio corpo produzindo a nossa voz. E é por isso que me encanto tanto com ela. E, por dinâmica vocal podemos entender trabalhar com inúmeras possibilidades. De peito, de cabeça, de belting, de mix, de speaking, não importa. O que importa é o resultado final servindo à música que você está cantando, em termos artísticos. Em termos técnicos, sua voz precisa ser eficiente (atendendo às demandas da canção e do estilo) e saudável. Portanto, não se sabote, tampouco à sua música.
A voz de peito é uma voz que pega as notas mais graves, as médias e algumas agudas. É uma voz encorpada, tem mais peso e é mais escura do q comparada à voz de cabeça. A voz de cabeça já pega as notas médio-agudas e agudas. Entre elas tbm há a voz de máscara e a voz mista.

Embora a voz de cabeça seja ótima pra atingir agudos, ela tbm tem boas desvantagens. Em certos momentos fica mto mais fácil semitonar usando esse registro. Ela não possui a potência da voz de peito e é uma voz soprosa. Pode ser uma voz até bonita, mas se a pessoa só usa voz de cabeça ela perde a oportunidade de usar seu verdadeiro potencial vocal.
A voz de cabeça
 Ao contrário do falsete, produz bastante frequência, mas nem tanto quanto a voz de peito. Também produz um formante expressivo na região craniana do cantor. Existe uma distinção na pressão respiratória desses dois registro e um cantor homem pode sentir essa diferença com bastante clareza. Ao contrário do falsete um cantor nunca alcançará notas fora da sua extensão vocal utilizando a voz de cabeça. A voz de cabeça será sempre mais suave e aveludada que a voz de peito. É utilizada normalmente no registro agudo, mas também poderá ser usada no registro grave se for estudada pelo cantor. Muita gente chama voz de cabeça de falsete por serem comparáveis em sonoridades, digamos assim. Mas isso pode confundir quem estah acostumado a usar falsete mesmo e tentar fazer a passagem para este tipo de voz. Se vc jah sabe o q eh voz de cabeça, jah eh um grande passo, pratique o exercícios q o valmik indicou, depois pratique passagens em trrrr, depois em iiiiii, daih vai inventando vocalizes. Uma hora fica taum natural q vc nem vai saber ao certo se esta na voz de peito, voz mista ou voz de cabeça. É usada normalmente para atingir tons mais agudos, que não se alcançam ou se alcançam com mais dificuldade na voz de peito. É uma voz naturalmente mais suave que a de peito, mas pode ser encorpada. Quando tanto a voz de cabeça como a de peito estão bem trabalhadas, podem formar uma espécie de registro central, intermédio que, se também for bem trabalhado, torna-se uma espécie de elo de ligação entre a voz de cabeça e a de peito, unindo toda a extensão vocal de um cantor, ou grande parte dela. As mulheres têm mais facilidade em cantar com a voz de cabeça do que os homens, mas ambos a têm. (Se isso vos ajuda a entender melhor, pensem num coro de vozes femininas; costuma ser usada a voz de cabeça neles)

VOZ DE PEITO
É o tipo de voz que usamos normalmente para falar. No canto, corresponde ao nosso registro grave, ou seja, é com a voz de peito que atingimos as notas mais graves da nossa extensão vocal. Os homens têm mais facilidade em cantar com a voz de peito do que as mulheres, mas ambos a têm.

O falsete
 é fraco em frequência (volume) e o cantor não terá uma noção certa do formante (aquela região de ressonância que foi citada na voz de peito) referente a esse registro. É também um som bem afeminado independentemente se for um homem que esteja a executá-lo. Utilizando o falsete o cantor poderá alcançar notas além da sua extensão vocal. E ainda é importante lembrar que falsete, ao contrário do que muitos pensam, não é sinônimo de incapacidade e sim de tecnica vocal. Muitos consideram o falsete equivalente à voz de cabeça, mas tem-se vindo a concordar que são coisas diferentes. Enquanto uma nota produzida na voz de cabeça é bem clara ou limpa, uma nota produzida com o falsete é como que "soprada", porque no uso do falsete, há uma grande quantidade de ar a passar pelas cordas vocais, que não se "fecham" devidamente. Além disso, é bem mais trabalhoso encorpar o falsete e uni-lo aos outros registros vocais, se bem que os contratenores (um tipo de cantores líricos que trabalha muito o falsete), com o seu treinamento muito específico, conseguem alcançar tudo isso. Os homens usam o falsete mais que as mulheres, mas ambos o têm.

Instruções

  1. 1
Identifique a voz de peito pelas notas fortes no registro grave. A voz de peito pode ser sentida mentalmente e literalmente no peito e leva consigo um timbre de qualidade forte. O som é seguro e evidente.
  1. 2
Diferencie a voz de cabeça pela qualidade leve do registro mais alto. As notas estarão no registro alto da parte mediana e alta de sua extensão, e geralmente têm menos força e um som mais suave.
  1. 3

Estude o mecanismo de canto para entender as diferenças físicas entre a voz de peito e cabeça. A voz de peito literalmente ressona no peito e na máscara vocal, ou face. A voz de cabeça se move para a cavidade nasal e as vibrações vão para a testa. Ela é associada ao palato mole levantado, enquanto a voz de peito é associada com o brilho e ressonância frontal que vibra os lábios.
  1. 4
Ache sua quebra entre a voz de peito e cabeça praticando escalas. Quando você sentir que a vibração subiu de seu peitoral para o rosto, você a achou. Treine mesclar esses registros na quebra para diminuir a diferença óbvia que pode ser ouvida na maioria das vozes sem treino.
  1. 5
Procure por diferenças entre as vozes de cabeça e peito na música popular. Bing Crosby tem uma qualidade clássica de voz de cabeça enquanto o som do Ethel Merman é definitivamente mais de voz de peito.
                                         

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