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A voz
humana consiste no som produzido pelo ser
humano usando suas cordas vocais para falar, cantar, gargalhar, chorar, gritar,
etc. Sua frequência varia
entre 50 e 3400 Hz. De modo geral, o mecanismo para gerar a
voz humana pode ser subdividido em três partes: os pulmões, as pregas vocais dentro da laringe e os articuladores - lábios, língua, dentes, palato duro, véu palatar e mandíbula. O pulmão produz um fluxo de ar, que
funciona como um combustível para a voz, que é expulso pelo diafragma e passa para as pregas vocais,
que vibram e transformam esse ar em pulsos sonoros, formadores da fonte de som
da laríngeo. Os músculos da laringe ajustam a duração e a tensão das pregas
vocais para adequar a altura e o tom.
Os articuladores articulam e filtram o
som emanado pela laringe e até certo ponto podem interagir com o fluxo de ar
para fortalecê-lo ou enfraquecê-lo como a fonte do som.
As pregas
vocais, juntamente com os articuladores, são capazes de produzir sons altamente
intrincados. O tom da voz pode ser modificado para sugerir emoções como raiva, surpresa e felicidade. Cantoresusam a voz humana como um instrumento
para criar música.
Índice
A voz é
produzida quando o ar respiratório (vindo dos pulmões) passa pelas pregas
vocais, e por nosso comando neural, por meio de ajustes musculares, faz
pressões de diferentes graus na região abaixo das pregas vocais, fazendo-as
vibrarem. Esse mecanismo se assemelha ao balão, quando o secamos apertando sua
"boca", provocando um ruído agudo, fruto da vibração da borracha.
O ar
expiratório, que fez as pregas vocais vibrarem, vai sendo modificado e os sons
vão sendo articulados (vogais e consoantes). Depois, emitidos pela boca, criam
a onda sonora que vai atingir a cóclea do ouvinte. Então a voz é ouvida.
As pregas vocais
vibram muito rapidamente. Nos homens, esse número de ciclos vibratórios fica em
torno de 125 vezes em um segundo. Na mulher, que tem voz, geralmente, mais
aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A essa característica damos
o nome de frequência. As pregas
vocais do homem têm mais massa e são menos esticadas que as da mulher (como no
violão, as cordas mais esticadas são mais agudas e vibram mais que as cordas
mais graves).
A voz é uma
característica humana intimamente relacionada com a necessidade do homem de se
agrupar e se comunicar. Ela é produto da sua evolução, um trabalho em conjunto do sistema nervoso, respiratório e digestivo, e de músculos, ligamentos e ossos,
atuando harmoniosamente para que se possa obter uma emissão eficiente. As
pregas vocais (ou cordas vocais), primordialmente, não foram feitas para o uso
da voz. Esta foi uma função na qual a laringe (local onde se encontram as
pregas vocais) se especializou, mas estes músculos foram desenvolvidos, em
primeiro lugar, para as funções de respiração, alimentação e esfincteriana.
A voz está
associada à fala, na realização da comunicação verbal, e pode variar quanto à
intensidade, altura, inflexão, ressonância, articulação e muitas outras
características.
À emissão de uma
voz saudável damos o nome de eufonia. A uma voz doente, ou seja, com uma ou
mais de suas características alterada, damos o nome de disfonia. A disfonia pode ser orgânica,
funcional ou mista (orgânica-funcional). Ela não é uma doença, mas o sintoma,
uma manifestação de um mau funcionamento de um dos sistemas ou estruturas que
atuam na produção da voz.
A disfonia pode
ser tratada. O profissional habilitado e responsável pela intervenção das
disfonias é o fonoaudiólogo, e
geralmente este profissional trabalha em conjunto (no caso da voz) com o otorrinolaringologista ou
o laringologista. Pode, ainda, trabalhar com o professor de canto. A voz sofre
muita influência de hormônios e de nossas emoções. É comum ouvir pessoas que
estão muito tristes ou nervosas, roucas. A rouquidão é um tipo de disfonia.
A incapacidade
de produzir a voz é chamada de afonia.
O timbre da voz humana depende das várias
cavidades que vibram em ressonância com as pregas vocais. Aí se incluem as
cavidades ósseas, cavidades nasais, a boca, a garganta, a traqueia e os
pulmões, bem como a própria laringe.
A mais baixa frequência que pode dar a audibilidade a
um ser humano é mais ou menos a de 20 hertz (vibrações
por segundo), enquanto a mais alta se encontra entre 10.000 e 20.000 hertz, o
que depende da idade do ouvinte (quanto mais idoso menores as frequências
máximas ouvidas). A frequência comum de um piano é
de 40 a 4.000 hertz e a da voz humana se encontra entre 50 e 3.400 hertz.
O recorde de
registro (tessitura) de voz mais alta pertence a Georgia Brown, que possui o registro de exatas
oito oitavas (G2 à G10), o que é mais alto do que qualquer nota de piano.