Notação padrão
A notação musical padrão é escrita sobre uma pauta de cinco linhas. Por isso também é chamada de pentagrama. O conjunto da pauta e dos demais símbolos musicais, representando uma peça musical é chamado de
partitura. Seguem-se alguns dos elementos que podemos encontrar numa partitura.
[editar]Representação das durações
Tempo e
compasso - regulam quantas unidades de tempo devem existir em cada compasso. Os compassos são delimitados na partitura por linhas verticais e determinam a estrutura
rítmica da música. O compasso escolhido está diretamente associado ao estilo da música. Uma
valsa por exemplo tem o compasso 3/4 e um
rock tipicamente usa o compasso 4/4.
Em uma fórmula de compasso, o denominador indica em quantas partes uma
semibreve deve ser dividida para obtermos uma unidade de tempo (na notação atual a semibreve é a maior duração possível e por isso todas as durações são tomadas em referência a ela). O numerador define quantas unidades de tempo o compasso contém. No exemplo abaixo estamos perante um tempo de "quatro por quatro", ou seja, a unidade de tempo tem duração de 1/4 da semibreve e o compasso tem 4 unidades de tempo. Neste caso, uma
semibreve iria ocupar todo o
compasso.
Figuras musicais - Valores ou figuras musicais são símbolos que representam o tempo de duração das notas musicais. São também chamados de valores positivos.
Antigamente existia ainda a
breve, com o dobro da duração da semibreve, a
longa, com o dobro da duração da breve e a
máxima, com o dobro da duração da longa, mas essas notas não são mais usadas na notação atual. Cada nota tem metade da duração da anterior. Se pretendermos representar uma nota de um
tempo e meio (por exemplo, o tempo de uma mínima acrescentado ao de uma colcheia) usa-se um ponto a seguir à nota.
A duração real (medida em
segundos) de uma nota depende da fórmula de compasso e do
andamento utilizado. Isso significa que a mesma nota pode ser executada com duração diferente em peças diferentes ou mesmo dentro da mesma música, caso haja uma mudança de andamento.
Nota pontuada é uma nota musical que é seguida com um ponto logo a sua frente. Este ponto adiciona metade do valor da nota que o precede.
Pausas - representam o silêncio, isto é, o tempo em que o instrumento não produz som nenhum, sendo chamados valores negativos. As pausas se subdividem também como as notas em termos de duração. Cada pausa dura o mesmo tempo relativo que sua nota correspondente, ou seja, a pausa mais longa corresponde exatamente à duração de uma semibreve. A correspondência é feita na seguinte ordem:
[editar]Representação das alturas
Clave -
clave de Sol,
clave de Fá,
clave de Dó. Propõe toda a representação musical a uma que mais se adeque ao instrumento que a irá reproduzir. Por exemplo, as
vozes graves usam geralmente a clave de Fá, enquanto que as mais
agudas usam a clave de Sol. Costuma dizer-se que a clave de Fá começa onde acaba a clave de Sol. De um modo geral, é a clave que define qual a nota que ocupará cada linha ou espaço na pauta.
Alturas - a altura de cada nota é representada pela sua posição na pauta em referência à nota definida pela clave utilizada, como mostrado abaixo:
Deslocações de tom ou
acidentes: o
sustenido, o
bemol, o
dobrado sustenido e o
dobrado bemol. São representados sempre
antes do símbolo da nota cuja altura será modificada e
depois do nome das notas, cifras e tonalidades. Um sustenido desloca a nota meio-tom acima (na escala), um dobrado sustenido desloca o som um tom acima, um bemol desloca a nota meio-tom abaixo e o dobrado bemol desloca o som um tom abaixo. Por exemplo, pode-se dizer que um "
Fá sustenido" (Fá#) é a mesma nota que um "
Sol bemol" (Sol♭), porém, devido às características de cada instrumento (e à sua própria disposição da escala), o
timbre pode variar. Considere, como exemplo, o caso da
guitarra, em que um
Dó tocado na segunda corda (
Si), primeira posição, é equivalente a um Dó tocado na terceira corda (Sol) na quinta posição, embora o timbre seja diferente.
Uma vez que um sustenido ou bemol tenha sido aplicado a uma nota, todas as notas de mesma altura manterão a alteração até o fim do compasso. No compasso seguinte, todos os acidentes perdem o efeito e, se necessário, deverão ser aplicados novamente. Se desejarmos anular o efeito de um acidente aplicado imediatamente antes ou na chave de tonalidade, devemos usar um
bequadro, que faz a nota retornar à sua condição
natural. No exemplo visto acima podemos notar que a terceira nota do primeiro compasso também é sustenida, pois o acidente aplicado à nota anterior permanece válido e só é anulado pelo bequadro que faz a quarta nota voltar a ser um Lá natural. O segundo compasso é semelhante a não ser pelo acidente aplicado que é um bemol. No terceiro compasso, uma nota Sol, um Lá dobrado bemol e um Fá dobrado sustenido. Embora tenham nome diferente e ocupem posições diferentes na clave, os acidentes aplicados fazem com que as três notas soem exatamente iguais.
Chave ou
tonalidade, que não é mais que a associação de sustenidos ou bemóis representados junto à clave, indicando a
escala em que a música será expressa. Por exemplo, uma representação sem sustenidos ou bemóis, será a escala de Dó Maior. Ao contrário dos acidentes aplicados ao longo da partitura, os sustenidos ou bemóis aplicados na chave duram por toda a peça ou até que uma nova chave seja definida (
modulação). Na figura vemos a chave de tonalidade de uma escala de Lá maior. Nesta escala todas as notas Fá, Dó e Sol devem ser sustenidas, por isso os acidentes são aplicados junto à clave.

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