terça-feira, 3 de junho de 2014

Colocação de Voz


A colocação de voz varia em função da utilização dos 5 pontos de ressonância do corpo humano, como se pode observar na figura seguinte:





Através da colocação de voz é possível conseguir a projecção da voz para um determinado ponto no espaço físico que nos rodeia.


A voz ideal é aquela que utiliza de igual forma os 5 pontos de colocação. Para tal é necessário haver treino e auto-consciência vocal

Você tem que jogar sua voz para a caixa de ressonância ou seja para face então assim a voz vai ficar mais clara e projetada,sem "ficar na garganta" vc não vai fazer tanto esforço pra cantar.

Termos Vocais


Termos Vocais

1. Timbre: É a identidade de cada instrumento (ou voz), e depende da séria harmônica de cada som emitido. 
2. Potência: É a quantidade de volume que cada voz tem.
3. Extensão vocal: É a "distância" entre a nota mais grave do registro de cada um da nota mais aguda desse mesmo registro.
4. Drive: É a vibração caótica das pregas vocais FALSAS, que provoca uma ressonância a mais na emissão de uma nota, que "briga" com a ressonância principal da nota emitida.
5. Gutural: São registros graves adicionados de muito Drive.
6. Falsete: É uma conformidade diferentes das pregas vocais VERDADEIRAS, na qual a captação das mesmas é feita de forma diferente d emissão natural.
7. Voz de cabeça: É a colocação da voz em que a ressonância principal está na base do crânio; é uma colocação diferente do falsete e da fala.
8. Classificação vocal: É uma classificação simples, baseada na tessitura (que é baseada na extensão vocal) de cada um
9. Impostação da voz: É uma série de fatores (incluindo apoio, tônus muscular do apoio, colocação da voz, relaxamento dá musculatura extrínseca à laringe, rebaixamento de laringe, abertura de costelas intercostais, etc...) que é tida como a ideal para se emitir a voz cantada.
10. Vocalizes: São exercícios que visam o desenvolvimento da voz cantada.
11. Vibrato: É a modulação rápida da nota alvo, em intervalos menores ou iguais a um semitom (às vezes, pode ser mais que 1 semitom, depende do objetivo do vibrato).
12. Voz de peito: É uma colocação em que a ressonância principal é a torácica; a colocação é exatamente igual à da voz de cabeça (com a diferença da ressonância), mas é diferente da fala.
13.Melisma: são "floreios" que um(a) cantor(a) usa para colorir as frases; numa determinada melodia (que o cantor deve executar), usam-se notas da tonalidade em que se encontra a melodia (em momentos não marcados na pauta) para enriquecer o fraseado.
14.Glissando: é a chegada em uma nota; pode ser ascendente ou descendente; ao invés de se atacar a nota alvo diretamente (parece conversa de atirador de elite....), chega-se nela partindo de uma nota mais baixa ou mais alta

SUSTENTAÇÃO

Os problemas de sustentação de nota e também a falta de força sonora (voz de pouco alcance, volume), tem sua origem nos produtores (elemento do aparelho fonador), ou mesmo em razões pessoais, como o medo de soltar a voz, talvez não por falta de capacidade, mas por não ter aprendido a usá-la. Então, é necessário um trabalho de conscientização de voz orientada por um professor de canto.


Por outro lado, a pessoa que tem o hábito de falar alto demais, não pronunciando bem as palavras, correm um alto risco de apresentar calos de corda vocal, além de outros problemas como dor de cabeça, sinusite, faringite, e até mesmo cáries pelo desgaste do esmalte

TIMBRES

Um erro comum, porém muito grave, é em relação ao timbre. O timbre é o fato determinante do tipo de voz: soprano, mezzo soprano, contralto, tenor, barítono e baixo. O timbre de uma pessoa não é escolhido aleatoriamente, ele existe por razões anatômicas: o tamanho da laringe. Por exemplo, os homens que têm o "gogó" pronunciado ou pontiagudo têm maior facilidade de ressonância, e consequentemente voz mais grave.
O desconhecimento disto é muito sério e pode destruir a voz de uma pessoa. Muitas pessoas com características de voz grave têm cantado por aí com uma voz aguda e vice-versa. Alguns deles até com uma voz "linda". Porém, esta voz "linda" foi apenas fabricada, e não vai durar muito.
Em quase 100% das pessoas existe um padrão anatômico determinante do timbre. Diz-se que as pessoas com pescoço comprido e "gogó" proeminente possuem timbre grave (baixo e contralto); pessoas com pescoço de tamanho médio com pouca proeminêncìa possuem timbre médio (barítono e mezzo); e pessoas com pescoço mais curfo, praticamente sem saliência possuem um timbre agudo (tenor e soprano).
Cantar e falar fora do próprio timbre natural pode provocar um destimbramento vocal, ou seja, uma descaracterização da voz com perda da qualidade.

PALATO

O palato se divide em 2 partes: o palato duro (céu da boca) e o palato mole (úvula, conhecida como campainha).
O palato duro está envolvido com a projeção da voz, e o palato mole com a formação de sons orais e nasais.
O som, na verdade, é formado por ondas. As ondas só se propagam em linha reta, daí a importância do palato duro aliado a uma boa postura da cabeça:

Sabe-se que as narinas são responsáveis pela ressonância nasal. Porém, o som nasal só será emitido com a "permissão" do palato mole (a úvula).

Sons nasais

FARINGE

A faringe tem a função de ampliar o som, e embora não seja essencial para a articulação, está intimamente ligada à posição assumida pela língua. Seu melhor desempenho dependerá do comportamento da língua.
A ampliação do som será tanto melhor quanto melhor for o espaço que o som puder ocupar dentro da boca.
Como se pode ver neste esquema, a voz terá uma melhor ampliação na posição 1, a qual tem o dobro do tamanho da posição 2. Deve-se notar como o hábito tão comum da posição 3 diminui consideravelmente o espaço para a ampliação da voz.
Existem exercícios que facilitam a aquisição do hábito da posição 1:
- sabe-se que ao se fazer o movimento de engolir, a língua inicialmente sobe e em seguida, sua parte posterior desce. Então, com o dedo indicador e o polegar em cada extremo do maxilar inferior, faz-se o movimento de engolir. Quando a parte posterior da língua estiver descendo, mantém-se uma pressão para baixo, forçando os dedos, sem esquecer que a ponta da língua deve estar no padrão de repouso.
- pode-se escolher um tom médio, e com as vogais "a", "o", e "u" as pessoas podem cantar variando 0 padrão de língua na posição 2 (representado pela vogal em minúsculo) e posição 1 (representada pela vogal em maiúsculo).

MAXILAR

A tensão é um grande fator limitante da boa atuação dos maxilares. Pode-se perceber a tensão existente ao se fechar os dentes e engolir a saliva. Quando se canta de boca fechada ocorre isto. Por isso, aparecem dores após o ensaio ou apresentação, ou mesmo após a fala.
O maxilar interfere nos músculos da face, modificando o poder de contração. Portanto, deve-se relaxar esses músculos, facilitando a abertura e a flexibilidade da boca e liberando os músculos da garganta.
Nunca se deve usar posições forçadas, tais como empurrar o maxilar para frente, puxá-lo para trás ou trancá-lo numa posição. A sonoridade vai depender, em parte, da abertura que for dada ao maxilar. Em relação à tensão ao maxilar inferior, pode-se realizar alguns exercícios, lembrando que devem ter maior cuidado ao realizá-los aqueles com tendência à luxação do maxilar.
1. Lateralização
Abrindo a boca e movimentando o maxilar para a direita e para a esquerda.

2. Abertura total
Abrindo bem a boca por alguns segundos.


3. Projeção anterior
Com a língua na posição de repouso, projetando-se o maxilar para a frente, permanecendo assim por alguns segundos.

4Projeção posterior
Com a ajuda de um dedo, fazendo-se um recuo do maxilar por alguns segundos.







domingo, 1 de junho de 2014

Afinação



Cantar afinado é a primeira grande dificuldade de todos aqueles que estão iniciando suas aulas de canto, principalmente quem nunca teve contato algum com algum instrumento.
Mesmo aqueles que tiveram contato com a música sentem muita dificuldade no início para cantar com uma afinação correta, isso acontece porque para cantar com uma afinação correta não basta ter ouvido musical bem afinado e sair por aí cantando que tudo vai ser fácil assim, pelo contrário, ter um bom ouvido musical é apenas parte do processo de como cantar afinado que envolve tanto ouvido como fisiologia da voz e treinamento de diversas áreas do corpo relacionadas à produção e emissão da voz.

Vou dar algumas dicas que servem tanto para quem está começando quanto para quem já canta e tem percebido pequenos deslizes de afinação e pretende fazer ajustes nestes erros para que eles não voltem a ocorrer.

Existem dois fatores principais que influenciam a capacidade de afinação de uma pessoa. O primeiro é a habilidade de diferenciar os sons captados, um processo que começa com a recepção pela orelha e vai até seu processamento na área auditiva do sistema nervoso. É ali que são decifrados e classificados os sons recebidos para que depois possam ser reproduzidos com exatidão. Porém, pode ocorrer de a pessoa reconhecer as notas, os timbres e a freqüência musical mas não conseguir repetir o som com exatidão. Aí entra em cena o segundo fator importante na afinação, a capacidade das cordas vocais de alcançarem diferentes notas. Nem sempre as cordas estão treinadas para se encurtarem o bastante na hora de atingir um tom grave nem se alongarem o suficiente para chegar aos tons mais agudos. A soma desses dois fatores é que determina se você é uma cantora ou um cantor em potencial.
"Basicamente, uma pessoa afinada é capaz de distinguir sons e de reproduzi-los adequadamente", afirma a fonoaudióloga Gisele Gasparini, do Centro de Estudos da Voz, em São Paulo. A genética ajuda nessa história, pois alguns já nascem com a capacidade de percepção sonora e a elasticidade das cordas vocais mais desenvolvidas. Mas, assim como você pode correr para exercitar suas pernas, é perfeitamente possível botar seus ouvidos e cordas vocais para malhar com a ajuda de um especialista ou em aulas de canto.

Vocalizes

Ah os vocalizes, todo estudante de canto odeia passar meses em cima deles, principalmente nas primeiras aulas, mas como já disse anteriormente no artigo Aprender Cantar Sozinho, os vocalizes são e sempre serão exercícios que acompanharam você até o fim dos seus estudos, ou seja, enquanto você quiser cantar você precisará fazer vocalizes, mas vamos falar mais sobre isso em um artigo específico para eles.
Vamos ter atenção agora para o fato de que não existe exercício melhor para afinação do que esse, pois irá treinar tanto seu ouvido como a as suas pregas vocais e musculatura para cantar com afinação correta e precisão na execução delas.
Todo exercício para corrigir vozes e ouvidos desafinados seguem o mesmo conceito que os vocalizes.

Referências

Outra forma de estudar afinação é com base em referências exatas, não adianta você ouvir um cd de rock ao vivo da sua banda de hardcore, se o assunto é afinação então você deve estar próximo de uma referência exata, para fazer isso eu sempre aconselho o uso de cds gravados em estúdio pois o tratamento dado a afinação é muito melhor.
Para estudar dessa forma você deve ser extremamente criterioso e critico, iguale suas notas e execução ao máximo com a do cantor que você estiver ouvindo, se preocupe com cada nota que saia fora, seja exigente em seus estudos para que você tenha retorno o mais breve possível.

Grave o que você canta

Bato nessa tecla sempre e quero seja natural para quem lê esses artigos, gravar aquilo que canta é fundamental para seus estudos, existem erros de afinação que você só vai perceber gravando.
Quem costuma gravar ensaios de sua banda pode afirmar com maior precisão isso que estou dizendo, muitas vezes a música rolou perfeitamente, porém quando você vai ouvir a gravação é outra coisa. Por isso eu digo e repito grave sempre e Solte a Voz!

Quanto tempo leva?

A resposta para essa pergunta é impossível, pois depende do seu nível e a qualidade dos seus estudos, mas por experiências que tive com meus alunos posso afirmar com segurança que se você estudar com muito foco e sendo exigente com você na execução dos vocalizes, as pessoas ao seu redor já vão perceber mudanças em uma semana.
Afirmo com certeza, caso você também queira perceber siga a dica acima e grave tudo.

Respiração e Apoio

Outra coisa que é pavor dos alunos de canto e que todos nós sabemos que é realmente muito chato, são os exercícios de respiração que nos deixam tontos e cansados quando os executamos, mas é impossível se manter afinado sem uma boa sustentação e apoio diafragmático. Estudando corretamente, em um mês você já irá notar diferença na sustentação das notas.

Conclusão

Para que você consiga resultados será necessário paciência, estude sempre e mantenha um nível de exigência alto enquanto estuda, com isso você não terá grandes problemas no futuro.
 por Ícaro Melo

Interpretação Musical

Interpretação, tudo que você precisa saber.

Mais importante do que virtuosismo, notas altas e tudo aquilo que nós que estudamos canto sempre queremos alcançar, a interpretação é o ponto chave de tudo isso que fazemos, vou além e digo que tudo que estudamos no canto serve apenas como ferramenta a ser utilizada quando interpretamos uma canção.
Este é um assunto bem extenso, já que como disse acaba tocando em todas as áreas do estudo do canto. Pretendo criar com este artigo um guia para que você tenha bem claro em sua mente alguns pontos que vão te ajudar a colocar a sua identidade através da sua interpretação e quando você deve impor limites nisso.

O que é Interpretação Musical?

Interpretação nada mais é do que a forma como você executa determinada música, cada pessoa por mais que tente não consegue copiar a outra com total perfeição, isso acontece porque já de início com timbre e extensão vocal diferente, as vozes tendem a mostrar intensidade diferente na execução de determinadas notas e isso já faz uma diferença muito grande na interpretação.
Por mais parecido que seja o timbre e as intenções dos cantores na execução de uma música mesmo assim o ouvinte pode perceber diferenças mesmo que de forma subconsciente.
O que é grande dificuldade principalmente para quem está começando aprender a cantar agora, é justamente ter o controle de quando colocar sua identidade na música e quando amenizar isso para deixar a canção o mais próximo possível da execução original do compositor ou do interprete original da canção.
É muito difícil para quem está começando agora se soltar e passear pela música, variando intensidades, técnicas e passeando pelas notas que a música permite, é claro, tomando todo o cuidado para não descaracterizar a música, isso é o que vamos falar a seguir.

Cuidados

A maioria dos cantores que estão iniciando e alguns que já estão até há alguns anos na estrada, cometem o erro de exagerar na interpretação das canções e isso é muito comum no canto Black, falo disso de forma segura, pois é minha área e posso falar disso com propriedade pois como todos sabem os cantores de música Black são extremamente virtuosos e seguros em diversas técnicas de ornamentação que são ferramentas importantíssimas para se utilizar quando estamos interpretando uma música, mas isso nem sempre é usado da forma correta.
Muitos têm por costume exagerar em melismas, apogiaturas e vibrato fora de controle.
Um problema maior é quando o músico tem grande facilidade em escalas e empréstimos modais (coisas que geralmente são de conhecimento daqueles que tocam algum instrumento), o cantor acaba passeando por todas as notas possíveis e imagináveis descaracterizando a música e deixando tudo muito chato para quem está ouvindo, isso não acontece só no canto Black, todo aquele que estuda canto e está em um nível mais elevado de conhecimento e técnica, deve tomar cuidado para não cometer esses erros tão comuns.

Como Interpretar na Medida Certa.

Uma coisa que aprendi desde cedo com um dos professores de canto que tive, cujo o ramo principal por incrível que pareça é a black music, foi que devemos dosar nossa interpretação.
Um ponto que devemos atentar logo de partida é o respeito a melodia e ao compositor da música, uma regra simples que aprendi e nunca esqueço é a seguinte: Na primeira vez que a música( 1ºEstrofe + Refrão ) você deve passar a mensagem que o compositor quis passar com essa música, respeitar a melodia e no máximo alterar intensidades e tempo em algumas poucas notas, após isso na segunda vez em que cantar é hora de mostrar como você vê e sente essa música, coloque a sua identidade sempre tendo a melodia principal como seu alvo.
Você poderá dar pequenas escapadas da melodia, existirão casos em que você poderá improvisar novas melodias em cima da principal, mas apenas se você estiver cantando com backs ou um coral que sustente a melodia principal, aí meu amigo é só soltar a criatividade.
Procure sempre manter o bom senso, as pessoas não são burras e não é porque não tem conhecimento musical profundo que não vão saber diferenciar a boa música de uma confusão de notas e melismas fora de hora, fique atento a isso.

Hino Nacional

Resolvi separar este assunto em um tópico específico, apenas para trazer equilíbrio no que se refere a interpretação do hino nacional brasileiro. Muitos cantores sejam iniciantes ou famosos, e aproveito para dizer que ser famoso não é sinal de cantar muito bem, muitos de nós que amamos cantar cometemos o erro de nos espelhar em cantores americanos quando cantam o hino nacional do seu pais e isso é um tremendo erro, vou dizer o porque.
O hino nacional brasileiro é uma poesia, deve ser praticamente recitado enquanto cantamos ao contrário do hino de outros países que muitas vezes falam de guerra então possuem uma letra tão rica quanto a do hino nacional brasileiro.
Procure cantar de forma a valorizar a letra, canalize seus sentimentos para que possa prender o ouvinte a você logo na primeira estrofe e faça com que as pessoas reflitam na profundidade da letra e que se orgulhem do país onde nasceram, uma boa interpretação tem esse poder.
Interpretar o hino nacional não deve ser usado como um momento para mostrar toda sua técnica e dar uma aula de canto no palco, algumas músicas e estilos pedem que você seja o mais básico e trivial possível, veja abaixo.

Qual o Estilo da Música?

Existem estilos onde a interpretação deve ser muito mais dosada, é o caso da MPB, Bossa Nova e outros ritmos brasileiros, o samba não se encaixa tanto pois por se tratar de um ritmo criado por negros por si só já da vazão a improvisos e alterações na melodia, por tanto nunca tente cantar garota de Ipanema e colocar melismas e apogiaturas, alguns professores e instituições de canto ensinam até mesmo que o vibrato é praticamente proibido na bossa e isso é uma grande verdade.
Não tente em nome da interpretação modificar as raízes de um estilo, isso agride aos ouvidos daqueles que amam e conhecem o estilo musical no qual você está baseando sua interpretação e ao invés de aplausos você irá ganhar apenas a repulsa daqueles que estão te ouvindo.

Como se Estuda Interpretação?

Uma boa interpretação é fruto de muito estudo e segurança nas técnicas das quais você tem conhecimento e estuda, não se pode estudar diretamente interpretação, você pode treinar e se aventurar cantando músicas de outros cantores e colocando sua identidade, pode também estudar para dosar as coisas como comentado acima, Algumas dicas que posso dar são as seguintes:
  • Ouça Muito: Ouvir, ouvir e ouvir é o que você precisa para que sua criatividade esteja a flor da pele, você vai precisar dela para interpretar e fluir tranquilamente na sua interpretação durante a música, se você não sabe estudar a partir de um cd leia nosso artigo Como Tirar música ou estudar um CD, e veja como fazer isso e esteja sempre motivado a estudar.
  • Grave e ouça: É uma grande ferramenta de apoio ao cantor, grave o que você canta e analise como você fez, o que pode melhorar e podar, veja também tudo que você acha que faltou treine e grave de novo.
  • Criando uma interpretação: Monte sua interpretação estude, faça análises como se fosse um jogo de xadrez, com o passar do tempo você poderá fazer isso muito mais rápido e mal vai precisar pensar em como fazer, apenas vai fluir de você interpretações de primeira.

Interpretação, Improviso ou Decoreba?

Depende muito da situação você não poderá montar uma interpretação bem elaborada para executar determinada música, muitas vezes você será solicitado a cantar uma música sem tempo hábil para pensar em tudo que irá executar e não poderá planejar corretamente suas ações, por este motivo eu aconselho que você sempre treine sua criatividade nessa área, pois você estará sempre pronto quando for solicitado e não vai fazer feio.
Quando você tiver tempo de montar sua interpretação previamente, aproveite e de um show, monte tudo como você gostaria de ouvir, coloque todas essas dicas em prática e será um sucesso. Vejam abaixo um vídeo de exemplo de uma boa interpretação. Abraços

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Falsete

Falsete ( Do italiano falsetto = "tom falso") é o registro vocal por meio da qual o cantor emite, de modo controlado (não natural, por isso "falso"), sons mais agudos ou mais graves que os da sua faixa de freqüência acústica natural (tessitura).
É assim chamada por depender diretamente do conjunto de músculos intrínsecos da laringe. É especialmente usada por cantores do sexo masculino para alcançar os registros de contralto (alto), meio-soprano e, eventualmente, de soprano. No falsete, a voz é gerada numa região da garganta que não permite um controle tão preciso de tom quanto é o controle natural do cantor. Dessa forma, é necessário um treinamento especial para que o uso de falsete não prejudique a execução da peça musical. Bem empregada, com conhecimento e domínio, confere efeitos especiais admiráveis e, portanto, beleza adicional, ao canto.

Anatomia

Sob o aspecto anatômico, falsete é um modo particular de vibração das pregas (cordas) vocais que permite ao cantor emitir a nota mais aguda com menor esforço, ou, alternativamente, emitir uma nota mais aguda que se conseguiria com esforço normal. Produz-se por estiramento das cordas vocais em seguida à inclinação da cartilagem tireóidea, que gera vibração por justaposição das cordas ao invés de por batimento.
Esse modo de emissão pode resultar de um efeito intencional ou tão-somente reflexo da laringe, que é forçada a emitir sons mais agudos do que faria naturalmente (inclusive quando se acha sob estresse), protegendo-se por emitir os sons em falsete (falsetto). Os cantores passam então a treinar sua emissão musical técnica, de modo a controlar a zona de passagem, dos agudos em voz plena para os correspondentes em falsete, obtendo, assim, o chamado "falsetom" (italiano falsettone), técnica frequentemente utilizada na ópera barroca.

Uso na música em geral

A técnica nasceu na música barroca e gregoriana de onde foi se desenvolvendo. Operas já fora do contexto barroco usam falsete em certas partes de algumas peças. Uns dos principais cantores a chamar atenção para esta técnica vocal são o cantor independente Simon Curtis e o vocalista dos Bee Gees, Barry Gibb, cuja voz alcança o falsete na grande maioria das músicas do grupo.
Hoje em dia, é uma técnica muito difundida no meio dos músicos de Heavy Metal e seus sub-gêneros (Power Metal, Metal Melódico e etc...). Um dos grandes expoentes do gênero e talvez o maior representante da técnica é o vocalista King Diamond. Ele é mais conhecido por utilizar sua grande extensão vocal. Outro artista conhecido por usar essa técnica é o cantor pop Justin Timberlake, e o vocalista do Maroon 5, Adam Levine.
 Origem: Wikipédia


A origem da palavra falsete vem do italiano falsetto que era muito usada na idade média. “Por que na idade média Caio?”, porque naquela época, as mulheres eram impedidas de fazer qualquer coisa, e qualquer coisa MESMO. O papel da mulher na sociedade era lavar, passar, cozinhar e procriar. O coral de igreja já existia naquela época, mas era composto apenas por homens. Era difícil acrescentar notas agudas no coro, foi então que para suprir a necessidade inventaram o falsete. Era um “falso tom”. Os homens imitavam vozes femininas para que a harmonia e melodia se equilibrassem.
“Na emissão em falsete as pregas vocais estão alongadas, porém com pouca tensão. A mudança para o falsete corresponde a uma necessidade fisiológica de se prosseguir numa escala musical em ascendente.” – BEHLAU, Dra. Mara
Depois de muita luta, as mulheres foram sendo incluídas como parte do coral para atender com maior perfeição a necessidade harmônica.
Com o passar dos anos, as técnicas foram se aprimorando e apareceu a “VOZ DE CABEÇA”, mas não vou entrar em detalhes agora, vou deixar para o Paulo explicar melhor em um vídeo do “Desvendando a Técnica”.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Respiração na Voz Cantada

Respiração na Voz Cantada


A compreensão sobre o mecanismo respiratório e sua importância no processo fonatório, pode auxiliar no desenvolvimento da resistência vocal e coordenação pneumofônica direcionadas ao canto.

O diafragma desempenha papel muito importante na respiração, pois na fase ativa do ciclo respiratório ele se retifica à medida que o ar entra nos pulmões, porém a idéia de se cantar ou respirar pelo diafragma além de equivocada estava difundida entre professores de canto, atualmente algumas pessoas acreditam que para cantar deve-se “respirar pelo diafragma” .


A respiração para a voz cantada é diferente da voz falada, porque o cantor precisa aprender a regular constantemente o gasto de ar de acordo com a intensidade, a altura tonal, o timbre, a extensão e a duração da frase a ser cantada.

Assim como para outros profissionais, é importante que os cantores sejam submetidos a treinamento de controle dos músculos respiratórios durante a expiração, pois quanto mais longa a frase e a restrição quanto ao número de inspirações, maior o controle e responsabilidade desses músculos. É necessário também um treinamento para ampliação da capacidade de inspiração visto que muitas vezes precisa-se de maior quantidade de ar para falar e cantar.

Considera-se importante e superior a respiração nasal, pelo fato do ar ser purificado, aquecido e umedecido, porém a respiração bucal além de mais rápida, consegue direcionar uma quantidade maior de ar para os pulmões em um tempo muito mais curto, devido ao trajeto percorrido ser menor e a porta de entrada maior.
Portanto, no canto ou mesmo em conversas, é impraticável a respiração unicamente nasal, sendo esta utilizada durante as pausas longas.

Ainda há uma discussão sobre o melhor tipo respiratório para o canto, porém, atualmente não há a valorização deste critério como antigamente, pois as escolas de canto têm priorizado a coordenação entre a respiração e a produção da voz, essa coordenação ou controle é popularmente conhecido como APOIO.

Outra questão discutida é em relação à orientação que o aluno recebe para não mover os ombros durante a respiração...
Durante a inspiração se os ombros forem elevados, o limite da caixa torácica será liberado parcialmente, propiciando uma entrada de ar mais rápida, portanto no canto essa manobra pode ser utilizada em situações de exigência de grande fluxo de ar, como em dinâmicas que tenham muita intensidade.



Gosto de comparar a respiração com a gasolina de um veículo. O combustível adulterado traz inúmeras consequências ao desempenho do carro, que por sua vez pode até "andar"... Mas com o passar do tempo o rendimento diminui. Diferente dos benefícios que a gasolina aditivada traz ao carro.
Com a respiração é a mesma coisa, se o indivíduo não possui uma respiração adequada, você até consegue falar, cantar... Mas o desempenho nunca será o mesmo, comparado a uma respiração correta.


Respiração na Voz Falada


O ar é o combustível energético da fonação essencial à produção da voz. Sem ele é impossível ativar a vibração das pregas vocais, fato que pode ser comprovado com a oclusão de boca e nariz simultaneamente e tentativa de emitir algum som. Para produção dos sons da fala, a respiração é natural e os ciclos respiratórios variam de acordo com tamanho da frase e a emoção empregada na mesma, sendo que a inspiração é lenta e nasal em pausas longas, ao passo que rápida e bucal nas pausas curtas, a movimentação pulmonar é pequena com pouca expansão da caixa torácica.

A respiração é dividida em dois processos: um físico-químico, responsável pela troca gasosa e um mecânico, responsável por gerar a pressão de entrada e saída de ar dos pulmões pela traquéia, laringe, faringe e cavidades nasal e oral.

O ciclo respiratório divide-se em inspiração e expiração. O grau de movimento e a força respiratória modificam a partir da demanda respiratória. Dentro da produção vocal o ciclo respiratório altera conforme a comunicação, quanto mais variações de intensidade e entonação, maior a exigência da resistência vocal, que está diretamente ligada à respiração quanto à capacidade vital.

O ar entra passivamente porque a pressão nos pulmões está negativa em relação à pressão do ar no ambiente exterior, assim, não há necessidade de esforço para puxar o ar para dentro. A expiração também ocorre por diferença de pressão intratorácica, mas é ativa em relação à inspiração, ou seja, o ar é naturalmente expelido por causa do relaxamento da musculatura respiratória, uma vez que a pressão nos pulmões é maior do que a pressão atmosférica.

Recebe o nome de coordenação pneumofônica o controle de saída de ar durante a fonação, a correta coordenação pneumofônica não utiliza o ar reserva, evitando a hiperfunção e desequilíbrio dos músculos vocais. O músculo diafragma desempenha um papel importante na projeção da voz pois regula o sopro fonatório no momento da produção vocal propriamente dita.

Na respiração silenciosa o ar deve entrar pelo nariz para que seja filtrado, aquecido e umidificado, chegando aos pulmões em melhores condições. Durante a fala porém, a respiração é feita de modo buconasal, ou seja, o ar entra pela boca durante a fala e apenas em pausas mais longas a inspiração é feita exclusivamente pelo nariz.

Voz anasalada

 Voz afônica, mais conhecido como voz anasalada.
Exercício muito interessante...
Primeiro você vai precisar de um prendedor de roupa.
E um lápis...
Você vai escolher uma música da sua preferência e vai colocar o lápis horizontal na boca, segurando com os dentes pra não cair. Mas com uma mordida leve... rs. Não é necessário quebrar o lápis é somente um apoio.
E logo em seguida, colocar o prendedor no nariz. Para que não solte ar pelas narinas .
E vamos tentar cantar várias vezes com esses acessórios.... Para que a ressonância possa se expandir. E sendo assim enviaremos sinais ao cérebro.... Que aos poucos vai fazer você perder o hábito de falar ou cantar afônico ou Nasal.... Que foram vícios durante toda uma vida que acumulamos.... Por motivo genético ou por ouvir a vida inteira pessoas da sua família falarem assim.... Acabamos construindo esse hábito
Se o seu problema é o som nasal, vc deve fazer alguns exercícios tipo falar algumas frases com o nariz tampado e observar como foi a emissão da sua voz, ou seja qual o caminho que o ar percorreu até sair da sua boca. Em seguida solte o nariz e repita as mesmas frases tentando fazer com que o ar faça o mesmo percurso feito quando com o nariz tampado... 
Alguns exercícios ajudam a termos a percepção de como podemos controlar o ar na hora do canto, pois muitas vezes jogamos muito ar fora logo na primeira palavra, aí não conseguimos acabar a frase ou desafinamos. Confira alguns abaixo:
Bexiga de ar: Inspirar enchendo todo o pulmão, sem estufar o peito, encher de uma vez só uma bexiga de ar e vedar a saída com o indicador e o polegar. Inspirar de mesma maneira e soltar o ar devagar, em sopro, controlando a saída, ao mesmo tempo em que solta o da bexiga com os dedos. Devem acabar juntos, o seu ar e o da bexiga. No começo é difícil, mas é um ótimo exercício de percepção. Depois tente controlar o ar com as frases longas das canções.
Vela: Acender uma vela, posicioná-la a um palmo da boca; inspirar como acima e soltar o ar, como em sopro, controlando a saída retraindo o abdômen devagar, sobre a chama da vela, sem apagá-la. Procurar manter a chama sempre dançando da mesma maneira, se ela diminuir muito ou apagar, você soprou muito forte, se ela ficou ereta, seu ar falhou.

Freqüência dos exercícios: três vezes cada, três vezes na semana.
Dicção: A boa dicção é muito importante para o canto, pois se você não articula bem as palavras, fica difícil de se entender o que você está dizendo, e se não abre a boca o suficiente, a voz sai anasalada. Um exercício fácil é cantar exagerando na articulação, ou ler textos exagerando, abrindo mais a boca do que necessário, pra que ganhe mais abertura.
Você pode também cantar os vocalizes articulando bem as vogais e consoantes, usando sílabas como:
- TRA, TRE, TRI, TRO, TRU
- BLA, BLE, BLI…
- LARA, LERA…
- VINE…VIVIU
- AU…AI…AÊ…ÓI
- NAU…NOIM…
enfim, invente e articule!
Um bom exercício para “amaciar” e relaxar a boca é fazer uma mastigação de boca fechada e depois aberta, fazendo muita careta, com som de “humm”.

2a. voz: A segunda voz é uma mesma frase da canção cantada com notas diferentes da primeira. A mais comum é quando você canta as mesmas notas da primeira frase uma terça acima ou abaixo, ou uma quinta. Muita gente tem essa percepção natural e faz isso sem nunca ter estudado música, mas isso não deve se constituir uma regra. A 2a. voz é qualquer frase cantada com notas diferentes da primeira, mas que soe bonito, harmônico, que combine.
Você pode treinar isso escolhendo canções de algum cantor ou cantora cuja voz se aproxime da sua na extensão vocal, ou seja, que você consiga cantar junto sem fazer muito esforço, então você ao invés de cantar na mesma altura, com as mesmas notas, vá tentando fazer diferente, cantando mais grave ou mais agudo um pouco, procure gravar e ouça com atenção prá ver se soa harmônico, se está combinando.
Trêmulo: O trêmulo, aquela tremidinha no final das frases que alguns cantores fazem, na minha concepção é um recurso natural, da personalidade de cada um, eu desconheço técnica para isso. Se você der uns soquinhos na barriga a voz treme, mas não é natural.

RESSONÂNCIA

RESSONÂNCIA    Voz Cantada

Aí está um assunto que particularmente gosto muito de estudar, entender e experimentar!

Ao longo dos anos de estudo, pude perceber que a medida que há uma base teórica junto a prática do canto, um entendimento sobre fisiologia, a exploração na arte de cantar torna-se muito mais prazerosa e rica.

Quando entendemos o funcionamento da nossa voz, as combinações que podemos fazer tornam-se infinitas e imensuráveis... Não dá para explicar, apenas perceber, ouvir...

Relembrando...
Como vimos no último post (Ressonância Parte I - Voz Falada), a ressonância é responsável pela amplificação do som que é produzido na laringe. Entretanto, quando nos referimos à ARTE DO CANTO temos algo a mais para nos aprofundar.

As diferenças entre a Voz Falada e a Cantada são imensas e isso é algo que me motiva a buscar mais conhecimento. Falando sobre ressonância na voz falada, se uma pessoa possue algum desequilíbrio entre os focos (como vimos anteriormente), isso pode não ser bem aceito pela sociedade, o que leva muitas vezes o indivíduo procurar um profissional para ajudá-lo.

Porém, quando nos referimos ao CANTO, estamos falando de arte, de emoções, sentimentos, idéias, expressão, personalidade...  Com a apropriação das técnicas adequadas podemos fazer inúmeras variações no timbre sem que isso seja um problema, aliás, muito pelo contrário,  essas variações são as responsáveis pelo colorido do timbre.

Portanto, se há fatores na voz falada que não são aceitos, na voz cantada eles podem se transformar em técnicas, em arte!

 Focos de RESSONÂNCIA na Voz Cantada

Ainda não há uma nomenclatura universal para os diferentes focos de ressonância no canto, os professores de canto e fonoaudiólogos especialistas nessa área utilizam variados termos para se fazer entender: voz coberta, voz metálica, voz com brilho, voz escura, caixa alta, caixa baixa, enfim.

Recentemente participei de uma aula com a Dra.Silvia Pinho, e uma das coisas que ela mencinou foi exatamente isso, precisamos falar uma mesma linguagem.

Vou utilizar os termos Ressonância Coberta e Ressonância Metálica. Para entendermos melhor, vamos dividir nossa cabeça em dois pilares, um para ressonância coberta /n/ e o outro para ressonância metálica /m/, conforme a figura ao lado.

Se prolongarmos o som do /n/, iremos perceber que ele está focado exatamente onde mostra a figura, na parte superior da máscara e o resultado é um som mais coberto, com mais brilho.

Se prolongarmos o som do /m/, iremos perceber que o foco de ressonância abaixou, e o resultado foi um som mais metálico.

Dica: Alternando os fonemas /n/ e /m/ em uma mesma pronúncia, fica mais perceptível a mudança do foco.

Existem cantores que fazem uma excelente variação entre focos, o que deixa a música bem mais rica em termos de técnica, outros seguem um padrão mais coberto ou mais metálico.

Há cantores ainda que se utilizam de técnicas de ressonância com sons nasais e com sons guturais (drive e/ou grow - técnica utilizada na black music).
Como disse anteriormente, na arte do canto, desde que haja um domínio da técnica, tudo é permitido. O que vale é a criatividade nas variações e o famoso "feeling", para saber onde exatamente colocar a "cerejinha da taça sorvete"!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


RESSONÂNCIA Parte I - Voz Falada

Antes de entrar no tema propriamente dito, gostaria de relembrar que todo o processo do funcionamento da voz, foi dividido em etapas aqui no Blog para facilitar o aprendizado. RESPIRAÇÃO, FONAÇÃO, RESSONÂNCIA E ARTICULAÇÃO, são os sistemas que fazem parte do aparelho fonador e que funcionam interligados!


O que é R E S S O N Â N C I A?


Devido à fraca intensidade do som laríngeo e a falta de semelhança com os sons consonantais e vocálicos da nossa língua (Leia mais: Produção da voz) , torna-se necessária uma modificação e amplificação desse som. Estas modificações do som ocorre por todo o caminho do trato vocal, passando por estruturas que formam obstáculos ou aberturas, até atingir a saída para o ambiente, pela boca e/ou nariz, este processo é denominado ressonância.

As cavidades de ressonância quando ajustadas, funcionam como um auto-falante natural... Há comparação entre ressonância e uma “caixa acústica” da voz, ou seja,  essas estruturas ou cavidades (pulmões, laringe, faringe, boca, nariz e seios paranasais) propiciam a reverberação do som, fazendo com que este seja modificado e/ou amplificado.

A cor da voz depende da disposição das cavidades de ressonância que possuem características anatômicas individuais, em resumo, podemos reconhecer uma pessoa sobretudo devido a características singulares das suas cavidades de ressonância. Esse é um dos fatores que justificam o fato de que a voz pode ser comparada a uma digital, ninguém possui a mesma, pode ser semelhante, mas igual... jamais!

Focos de RESSONÂNCIA na VOZ FALADA


Os focos de ressonância na voz falada são: nasal, oral e laringo-faríngeo. O ideal é que haja um equilíbrio entre os 3 focos, quando a predominância  ou a ausência de qualquer um deles, o resultado pode ser de uma voz inaceitável socialmente.

Exemplos:
Quando uma pessoa está resfriada, outra ao ouvir sua voz diz: "Você está falando pelo nariz!"
Na verdade, o que está acontecendo é exatamente ao contrário. Se a cavidade nasal está obstruída, o som não é capaz de passar por ela, ou seja, o som está sendo amplificado apenas pelas cavidades oral e laringo-faríngea. Então, todos os sons (fonemas) nasais (m, n, nh, ão, em, en) estarão modificados. Ao invés de mamãe, o indivíduo pronunciará babãe, por exemplo.

Uma pessoa que ao falar, passa aos ouvintes a sensação de estar com a voz estrangulada e que o esforço para falar é muito maior que o normal...
É provável que o foco predominante desse indivíduo seja o  laríngo-faríngeo.

Ao contrário, temos aquelas pessoas que literalmente "falam pelo nariz"! É uma característica encontrada também em alguns homossexuais...
Nesse caso o foco predominante é o nasal.
Abaixo segue o link de uma atriz que é conhecida por sua voz anasalada:
Fran Drescher

Quando há um desequilíbrio entre os focos de ressonância, o ideal é procurar um Fonoaudiólogo, que fará uma entrevista e uma avaliação completa para descobrir a causa de tal desequilíbrio e planejará juntamente com o paciente, as medidas a serem tomadas para a melhora do padrão vocal.



             FIQUE DE OLHO

Impostação Vocal


Impostação Vocal

Impostar a voz é usar todos os recursos técnicos disponíveis como respiração, apoio, Articulação e ressonância, tirando a voz de lugares que podem prejudicar o Canto, por exemplo: garganta (Voz gutural) , nariz (Voz anasalada) e faringe (voz entubada, abafada). O ideal é uma voz equilibrada usando todos os pontos de ressonância procurando sempre colocar a voz, pressão de som para cima, preenchendo toda a cabeça, principalmente a máscara.
Colocar a voz pra cima, encaixar a voz geralmente são termos usados pelos professores quando querem se referir a impostação da voz.
A impostação se dá através de exercícios específicos como Boca Chiúsa (Boca fechada) e vocalizes usando diversas combinações de vogais, escalas e tonalidades, exercitando a voz em toda a sua extensão, aplicando a técnica respiratória, abertura de boca e projeção do som.
Existem pelo menos três maneiras de se cantar ou de impostação vocal, depnedendo do timbre do cantor ou gênero musical.
1) Impostação Total.: Impostação usada no canto Lírico que ficou conhecido na Itália onde surgiu como "Bel Canto", pela beleza , pelo uso máximo da Técnica, trabalhando a igualdade do timbre e por trabalhar a extensão total das vozes. Esse estilo é muito usado e aproveitado na Ópera. O trabalho é feito principalmente em cima de Vogais.
2) Impostação da Fala: Aqui se canta como se fala. Não há uma preocupação em igualar a voz e sim o aproveitamento do seu timbre particular e sua região confortável. Esse jeito de cantar, impostar a voz é ultilizado no Canto popular e em alguns casos no Gospel. A técnica visa aprimorar o que cada um tem de especial.
3) Impostação Mediana: É a que usamos nos musicais. Chamamos de mediana porque ela fica entre a fala e o Lírico (Bel Canto) e por isso é conhecida como Belting, pensando em um diminutivo do Bel canto já que não tem tanto volume e há uma importância grande com o texto uma extensão da fala. No Belting além do canto também utilizamos outros recursos como dança, teatro, figurino e etc. É uma modernização da Ópera, uma vez que na ópera também utilizamos teatro, figurino e etc. No Belting na mairoria das vezes em uma nota aguda o som é um tanto nasal enquanto que no popular iria pro falsete e na ópera para a Voz de Cabeça, ou seja: já que o belting fica no Meio podemos ter um agudo Nasalizado, um agudo bem cheio com voz de Cabeça e podemos ter também meio falseteado dependendo do papel no Musical e Técnica do Cantor.

Total de visualizações de página

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Bluehost Review