sexta-feira, 30 de maio de 2014

Falsete

Falsete ( Do italiano falsetto = "tom falso") é o registro vocal por meio da qual o cantor emite, de modo controlado (não natural, por isso "falso"), sons mais agudos ou mais graves que os da sua faixa de freqüência acústica natural (tessitura).
É assim chamada por depender diretamente do conjunto de músculos intrínsecos da laringe. É especialmente usada por cantores do sexo masculino para alcançar os registros de contralto (alto), meio-soprano e, eventualmente, de soprano. No falsete, a voz é gerada numa região da garganta que não permite um controle tão preciso de tom quanto é o controle natural do cantor. Dessa forma, é necessário um treinamento especial para que o uso de falsete não prejudique a execução da peça musical. Bem empregada, com conhecimento e domínio, confere efeitos especiais admiráveis e, portanto, beleza adicional, ao canto.

Anatomia

Sob o aspecto anatômico, falsete é um modo particular de vibração das pregas (cordas) vocais que permite ao cantor emitir a nota mais aguda com menor esforço, ou, alternativamente, emitir uma nota mais aguda que se conseguiria com esforço normal. Produz-se por estiramento das cordas vocais em seguida à inclinação da cartilagem tireóidea, que gera vibração por justaposição das cordas ao invés de por batimento.
Esse modo de emissão pode resultar de um efeito intencional ou tão-somente reflexo da laringe, que é forçada a emitir sons mais agudos do que faria naturalmente (inclusive quando se acha sob estresse), protegendo-se por emitir os sons em falsete (falsetto). Os cantores passam então a treinar sua emissão musical técnica, de modo a controlar a zona de passagem, dos agudos em voz plena para os correspondentes em falsete, obtendo, assim, o chamado "falsetom" (italiano falsettone), técnica frequentemente utilizada na ópera barroca.

Uso na música em geral

A técnica nasceu na música barroca e gregoriana de onde foi se desenvolvendo. Operas já fora do contexto barroco usam falsete em certas partes de algumas peças. Uns dos principais cantores a chamar atenção para esta técnica vocal são o cantor independente Simon Curtis e o vocalista dos Bee Gees, Barry Gibb, cuja voz alcança o falsete na grande maioria das músicas do grupo.
Hoje em dia, é uma técnica muito difundida no meio dos músicos de Heavy Metal e seus sub-gêneros (Power Metal, Metal Melódico e etc...). Um dos grandes expoentes do gênero e talvez o maior representante da técnica é o vocalista King Diamond. Ele é mais conhecido por utilizar sua grande extensão vocal. Outro artista conhecido por usar essa técnica é o cantor pop Justin Timberlake, e o vocalista do Maroon 5, Adam Levine.
 Origem: Wikipédia


A origem da palavra falsete vem do italiano falsetto que era muito usada na idade média. “Por que na idade média Caio?”, porque naquela época, as mulheres eram impedidas de fazer qualquer coisa, e qualquer coisa MESMO. O papel da mulher na sociedade era lavar, passar, cozinhar e procriar. O coral de igreja já existia naquela época, mas era composto apenas por homens. Era difícil acrescentar notas agudas no coro, foi então que para suprir a necessidade inventaram o falsete. Era um “falso tom”. Os homens imitavam vozes femininas para que a harmonia e melodia se equilibrassem.
“Na emissão em falsete as pregas vocais estão alongadas, porém com pouca tensão. A mudança para o falsete corresponde a uma necessidade fisiológica de se prosseguir numa escala musical em ascendente.” – BEHLAU, Dra. Mara
Depois de muita luta, as mulheres foram sendo incluídas como parte do coral para atender com maior perfeição a necessidade harmônica.
Com o passar dos anos, as técnicas foram se aprimorando e apareceu a “VOZ DE CABEÇA”, mas não vou entrar em detalhes agora, vou deixar para o Paulo explicar melhor em um vídeo do “Desvendando a Técnica”.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Respiração na Voz Cantada

Respiração na Voz Cantada


A compreensão sobre o mecanismo respiratório e sua importância no processo fonatório, pode auxiliar no desenvolvimento da resistência vocal e coordenação pneumofônica direcionadas ao canto.

O diafragma desempenha papel muito importante na respiração, pois na fase ativa do ciclo respiratório ele se retifica à medida que o ar entra nos pulmões, porém a idéia de se cantar ou respirar pelo diafragma além de equivocada estava difundida entre professores de canto, atualmente algumas pessoas acreditam que para cantar deve-se “respirar pelo diafragma” .


A respiração para a voz cantada é diferente da voz falada, porque o cantor precisa aprender a regular constantemente o gasto de ar de acordo com a intensidade, a altura tonal, o timbre, a extensão e a duração da frase a ser cantada.

Assim como para outros profissionais, é importante que os cantores sejam submetidos a treinamento de controle dos músculos respiratórios durante a expiração, pois quanto mais longa a frase e a restrição quanto ao número de inspirações, maior o controle e responsabilidade desses músculos. É necessário também um treinamento para ampliação da capacidade de inspiração visto que muitas vezes precisa-se de maior quantidade de ar para falar e cantar.

Considera-se importante e superior a respiração nasal, pelo fato do ar ser purificado, aquecido e umedecido, porém a respiração bucal além de mais rápida, consegue direcionar uma quantidade maior de ar para os pulmões em um tempo muito mais curto, devido ao trajeto percorrido ser menor e a porta de entrada maior.
Portanto, no canto ou mesmo em conversas, é impraticável a respiração unicamente nasal, sendo esta utilizada durante as pausas longas.

Ainda há uma discussão sobre o melhor tipo respiratório para o canto, porém, atualmente não há a valorização deste critério como antigamente, pois as escolas de canto têm priorizado a coordenação entre a respiração e a produção da voz, essa coordenação ou controle é popularmente conhecido como APOIO.

Outra questão discutida é em relação à orientação que o aluno recebe para não mover os ombros durante a respiração...
Durante a inspiração se os ombros forem elevados, o limite da caixa torácica será liberado parcialmente, propiciando uma entrada de ar mais rápida, portanto no canto essa manobra pode ser utilizada em situações de exigência de grande fluxo de ar, como em dinâmicas que tenham muita intensidade.



Gosto de comparar a respiração com a gasolina de um veículo. O combustível adulterado traz inúmeras consequências ao desempenho do carro, que por sua vez pode até "andar"... Mas com o passar do tempo o rendimento diminui. Diferente dos benefícios que a gasolina aditivada traz ao carro.
Com a respiração é a mesma coisa, se o indivíduo não possui uma respiração adequada, você até consegue falar, cantar... Mas o desempenho nunca será o mesmo, comparado a uma respiração correta.


Respiração na Voz Falada


O ar é o combustível energético da fonação essencial à produção da voz. Sem ele é impossível ativar a vibração das pregas vocais, fato que pode ser comprovado com a oclusão de boca e nariz simultaneamente e tentativa de emitir algum som. Para produção dos sons da fala, a respiração é natural e os ciclos respiratórios variam de acordo com tamanho da frase e a emoção empregada na mesma, sendo que a inspiração é lenta e nasal em pausas longas, ao passo que rápida e bucal nas pausas curtas, a movimentação pulmonar é pequena com pouca expansão da caixa torácica.

A respiração é dividida em dois processos: um físico-químico, responsável pela troca gasosa e um mecânico, responsável por gerar a pressão de entrada e saída de ar dos pulmões pela traquéia, laringe, faringe e cavidades nasal e oral.

O ciclo respiratório divide-se em inspiração e expiração. O grau de movimento e a força respiratória modificam a partir da demanda respiratória. Dentro da produção vocal o ciclo respiratório altera conforme a comunicação, quanto mais variações de intensidade e entonação, maior a exigência da resistência vocal, que está diretamente ligada à respiração quanto à capacidade vital.

O ar entra passivamente porque a pressão nos pulmões está negativa em relação à pressão do ar no ambiente exterior, assim, não há necessidade de esforço para puxar o ar para dentro. A expiração também ocorre por diferença de pressão intratorácica, mas é ativa em relação à inspiração, ou seja, o ar é naturalmente expelido por causa do relaxamento da musculatura respiratória, uma vez que a pressão nos pulmões é maior do que a pressão atmosférica.

Recebe o nome de coordenação pneumofônica o controle de saída de ar durante a fonação, a correta coordenação pneumofônica não utiliza o ar reserva, evitando a hiperfunção e desequilíbrio dos músculos vocais. O músculo diafragma desempenha um papel importante na projeção da voz pois regula o sopro fonatório no momento da produção vocal propriamente dita.

Na respiração silenciosa o ar deve entrar pelo nariz para que seja filtrado, aquecido e umidificado, chegando aos pulmões em melhores condições. Durante a fala porém, a respiração é feita de modo buconasal, ou seja, o ar entra pela boca durante a fala e apenas em pausas mais longas a inspiração é feita exclusivamente pelo nariz.

Voz anasalada

 Voz afônica, mais conhecido como voz anasalada.
Exercício muito interessante...
Primeiro você vai precisar de um prendedor de roupa.
E um lápis...
Você vai escolher uma música da sua preferência e vai colocar o lápis horizontal na boca, segurando com os dentes pra não cair. Mas com uma mordida leve... rs. Não é necessário quebrar o lápis é somente um apoio.
E logo em seguida, colocar o prendedor no nariz. Para que não solte ar pelas narinas .
E vamos tentar cantar várias vezes com esses acessórios.... Para que a ressonância possa se expandir. E sendo assim enviaremos sinais ao cérebro.... Que aos poucos vai fazer você perder o hábito de falar ou cantar afônico ou Nasal.... Que foram vícios durante toda uma vida que acumulamos.... Por motivo genético ou por ouvir a vida inteira pessoas da sua família falarem assim.... Acabamos construindo esse hábito
Se o seu problema é o som nasal, vc deve fazer alguns exercícios tipo falar algumas frases com o nariz tampado e observar como foi a emissão da sua voz, ou seja qual o caminho que o ar percorreu até sair da sua boca. Em seguida solte o nariz e repita as mesmas frases tentando fazer com que o ar faça o mesmo percurso feito quando com o nariz tampado... 
Alguns exercícios ajudam a termos a percepção de como podemos controlar o ar na hora do canto, pois muitas vezes jogamos muito ar fora logo na primeira palavra, aí não conseguimos acabar a frase ou desafinamos. Confira alguns abaixo:
Bexiga de ar: Inspirar enchendo todo o pulmão, sem estufar o peito, encher de uma vez só uma bexiga de ar e vedar a saída com o indicador e o polegar. Inspirar de mesma maneira e soltar o ar devagar, em sopro, controlando a saída, ao mesmo tempo em que solta o da bexiga com os dedos. Devem acabar juntos, o seu ar e o da bexiga. No começo é difícil, mas é um ótimo exercício de percepção. Depois tente controlar o ar com as frases longas das canções.
Vela: Acender uma vela, posicioná-la a um palmo da boca; inspirar como acima e soltar o ar, como em sopro, controlando a saída retraindo o abdômen devagar, sobre a chama da vela, sem apagá-la. Procurar manter a chama sempre dançando da mesma maneira, se ela diminuir muito ou apagar, você soprou muito forte, se ela ficou ereta, seu ar falhou.

Freqüência dos exercícios: três vezes cada, três vezes na semana.
Dicção: A boa dicção é muito importante para o canto, pois se você não articula bem as palavras, fica difícil de se entender o que você está dizendo, e se não abre a boca o suficiente, a voz sai anasalada. Um exercício fácil é cantar exagerando na articulação, ou ler textos exagerando, abrindo mais a boca do que necessário, pra que ganhe mais abertura.
Você pode também cantar os vocalizes articulando bem as vogais e consoantes, usando sílabas como:
- TRA, TRE, TRI, TRO, TRU
- BLA, BLE, BLI…
- LARA, LERA…
- VINE…VIVIU
- AU…AI…AÊ…ÓI
- NAU…NOIM…
enfim, invente e articule!
Um bom exercício para “amaciar” e relaxar a boca é fazer uma mastigação de boca fechada e depois aberta, fazendo muita careta, com som de “humm”.

2a. voz: A segunda voz é uma mesma frase da canção cantada com notas diferentes da primeira. A mais comum é quando você canta as mesmas notas da primeira frase uma terça acima ou abaixo, ou uma quinta. Muita gente tem essa percepção natural e faz isso sem nunca ter estudado música, mas isso não deve se constituir uma regra. A 2a. voz é qualquer frase cantada com notas diferentes da primeira, mas que soe bonito, harmônico, que combine.
Você pode treinar isso escolhendo canções de algum cantor ou cantora cuja voz se aproxime da sua na extensão vocal, ou seja, que você consiga cantar junto sem fazer muito esforço, então você ao invés de cantar na mesma altura, com as mesmas notas, vá tentando fazer diferente, cantando mais grave ou mais agudo um pouco, procure gravar e ouça com atenção prá ver se soa harmônico, se está combinando.
Trêmulo: O trêmulo, aquela tremidinha no final das frases que alguns cantores fazem, na minha concepção é um recurso natural, da personalidade de cada um, eu desconheço técnica para isso. Se você der uns soquinhos na barriga a voz treme, mas não é natural.

RESSONÂNCIA

RESSONÂNCIA    Voz Cantada

Aí está um assunto que particularmente gosto muito de estudar, entender e experimentar!

Ao longo dos anos de estudo, pude perceber que a medida que há uma base teórica junto a prática do canto, um entendimento sobre fisiologia, a exploração na arte de cantar torna-se muito mais prazerosa e rica.

Quando entendemos o funcionamento da nossa voz, as combinações que podemos fazer tornam-se infinitas e imensuráveis... Não dá para explicar, apenas perceber, ouvir...

Relembrando...
Como vimos no último post (Ressonância Parte I - Voz Falada), a ressonância é responsável pela amplificação do som que é produzido na laringe. Entretanto, quando nos referimos à ARTE DO CANTO temos algo a mais para nos aprofundar.

As diferenças entre a Voz Falada e a Cantada são imensas e isso é algo que me motiva a buscar mais conhecimento. Falando sobre ressonância na voz falada, se uma pessoa possue algum desequilíbrio entre os focos (como vimos anteriormente), isso pode não ser bem aceito pela sociedade, o que leva muitas vezes o indivíduo procurar um profissional para ajudá-lo.

Porém, quando nos referimos ao CANTO, estamos falando de arte, de emoções, sentimentos, idéias, expressão, personalidade...  Com a apropriação das técnicas adequadas podemos fazer inúmeras variações no timbre sem que isso seja um problema, aliás, muito pelo contrário,  essas variações são as responsáveis pelo colorido do timbre.

Portanto, se há fatores na voz falada que não são aceitos, na voz cantada eles podem se transformar em técnicas, em arte!

 Focos de RESSONÂNCIA na Voz Cantada

Ainda não há uma nomenclatura universal para os diferentes focos de ressonância no canto, os professores de canto e fonoaudiólogos especialistas nessa área utilizam variados termos para se fazer entender: voz coberta, voz metálica, voz com brilho, voz escura, caixa alta, caixa baixa, enfim.

Recentemente participei de uma aula com a Dra.Silvia Pinho, e uma das coisas que ela mencinou foi exatamente isso, precisamos falar uma mesma linguagem.

Vou utilizar os termos Ressonância Coberta e Ressonância Metálica. Para entendermos melhor, vamos dividir nossa cabeça em dois pilares, um para ressonância coberta /n/ e o outro para ressonância metálica /m/, conforme a figura ao lado.

Se prolongarmos o som do /n/, iremos perceber que ele está focado exatamente onde mostra a figura, na parte superior da máscara e o resultado é um som mais coberto, com mais brilho.

Se prolongarmos o som do /m/, iremos perceber que o foco de ressonância abaixou, e o resultado foi um som mais metálico.

Dica: Alternando os fonemas /n/ e /m/ em uma mesma pronúncia, fica mais perceptível a mudança do foco.

Existem cantores que fazem uma excelente variação entre focos, o que deixa a música bem mais rica em termos de técnica, outros seguem um padrão mais coberto ou mais metálico.

Há cantores ainda que se utilizam de técnicas de ressonância com sons nasais e com sons guturais (drive e/ou grow - técnica utilizada na black music).
Como disse anteriormente, na arte do canto, desde que haja um domínio da técnica, tudo é permitido. O que vale é a criatividade nas variações e o famoso "feeling", para saber onde exatamente colocar a "cerejinha da taça sorvete"!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


RESSONÂNCIA Parte I - Voz Falada

Antes de entrar no tema propriamente dito, gostaria de relembrar que todo o processo do funcionamento da voz, foi dividido em etapas aqui no Blog para facilitar o aprendizado. RESPIRAÇÃO, FONAÇÃO, RESSONÂNCIA E ARTICULAÇÃO, são os sistemas que fazem parte do aparelho fonador e que funcionam interligados!


O que é R E S S O N Â N C I A?


Devido à fraca intensidade do som laríngeo e a falta de semelhança com os sons consonantais e vocálicos da nossa língua (Leia mais: Produção da voz) , torna-se necessária uma modificação e amplificação desse som. Estas modificações do som ocorre por todo o caminho do trato vocal, passando por estruturas que formam obstáculos ou aberturas, até atingir a saída para o ambiente, pela boca e/ou nariz, este processo é denominado ressonância.

As cavidades de ressonância quando ajustadas, funcionam como um auto-falante natural... Há comparação entre ressonância e uma “caixa acústica” da voz, ou seja,  essas estruturas ou cavidades (pulmões, laringe, faringe, boca, nariz e seios paranasais) propiciam a reverberação do som, fazendo com que este seja modificado e/ou amplificado.

A cor da voz depende da disposição das cavidades de ressonância que possuem características anatômicas individuais, em resumo, podemos reconhecer uma pessoa sobretudo devido a características singulares das suas cavidades de ressonância. Esse é um dos fatores que justificam o fato de que a voz pode ser comparada a uma digital, ninguém possui a mesma, pode ser semelhante, mas igual... jamais!

Focos de RESSONÂNCIA na VOZ FALADA


Os focos de ressonância na voz falada são: nasal, oral e laringo-faríngeo. O ideal é que haja um equilíbrio entre os 3 focos, quando a predominância  ou a ausência de qualquer um deles, o resultado pode ser de uma voz inaceitável socialmente.

Exemplos:
Quando uma pessoa está resfriada, outra ao ouvir sua voz diz: "Você está falando pelo nariz!"
Na verdade, o que está acontecendo é exatamente ao contrário. Se a cavidade nasal está obstruída, o som não é capaz de passar por ela, ou seja, o som está sendo amplificado apenas pelas cavidades oral e laringo-faríngea. Então, todos os sons (fonemas) nasais (m, n, nh, ão, em, en) estarão modificados. Ao invés de mamãe, o indivíduo pronunciará babãe, por exemplo.

Uma pessoa que ao falar, passa aos ouvintes a sensação de estar com a voz estrangulada e que o esforço para falar é muito maior que o normal...
É provável que o foco predominante desse indivíduo seja o  laríngo-faríngeo.

Ao contrário, temos aquelas pessoas que literalmente "falam pelo nariz"! É uma característica encontrada também em alguns homossexuais...
Nesse caso o foco predominante é o nasal.
Abaixo segue o link de uma atriz que é conhecida por sua voz anasalada:
Fran Drescher

Quando há um desequilíbrio entre os focos de ressonância, o ideal é procurar um Fonoaudiólogo, que fará uma entrevista e uma avaliação completa para descobrir a causa de tal desequilíbrio e planejará juntamente com o paciente, as medidas a serem tomadas para a melhora do padrão vocal.



             FIQUE DE OLHO

Impostação Vocal


Impostação Vocal

Impostar a voz é usar todos os recursos técnicos disponíveis como respiração, apoio, Articulação e ressonância, tirando a voz de lugares que podem prejudicar o Canto, por exemplo: garganta (Voz gutural) , nariz (Voz anasalada) e faringe (voz entubada, abafada). O ideal é uma voz equilibrada usando todos os pontos de ressonância procurando sempre colocar a voz, pressão de som para cima, preenchendo toda a cabeça, principalmente a máscara.
Colocar a voz pra cima, encaixar a voz geralmente são termos usados pelos professores quando querem se referir a impostação da voz.
A impostação se dá através de exercícios específicos como Boca Chiúsa (Boca fechada) e vocalizes usando diversas combinações de vogais, escalas e tonalidades, exercitando a voz em toda a sua extensão, aplicando a técnica respiratória, abertura de boca e projeção do som.
Existem pelo menos três maneiras de se cantar ou de impostação vocal, depnedendo do timbre do cantor ou gênero musical.
1) Impostação Total.: Impostação usada no canto Lírico que ficou conhecido na Itália onde surgiu como "Bel Canto", pela beleza , pelo uso máximo da Técnica, trabalhando a igualdade do timbre e por trabalhar a extensão total das vozes. Esse estilo é muito usado e aproveitado na Ópera. O trabalho é feito principalmente em cima de Vogais.
2) Impostação da Fala: Aqui se canta como se fala. Não há uma preocupação em igualar a voz e sim o aproveitamento do seu timbre particular e sua região confortável. Esse jeito de cantar, impostar a voz é ultilizado no Canto popular e em alguns casos no Gospel. A técnica visa aprimorar o que cada um tem de especial.
3) Impostação Mediana: É a que usamos nos musicais. Chamamos de mediana porque ela fica entre a fala e o Lírico (Bel Canto) e por isso é conhecida como Belting, pensando em um diminutivo do Bel canto já que não tem tanto volume e há uma importância grande com o texto uma extensão da fala. No Belting além do canto também utilizamos outros recursos como dança, teatro, figurino e etc. É uma modernização da Ópera, uma vez que na ópera também utilizamos teatro, figurino e etc. No Belting na mairoria das vezes em uma nota aguda o som é um tanto nasal enquanto que no popular iria pro falsete e na ópera para a Voz de Cabeça, ou seja: já que o belting fica no Meio podemos ter um agudo Nasalizado, um agudo bem cheio com voz de Cabeça e podemos ter também meio falseteado dependendo do papel no Musical e Técnica do Cantor.

ARTICULAÇÃO Voz Falada

ARTICULAÇÃO 

Dando continuidade as postagens sobre o funcionamento do aparelho fonador, falarei um pouco sobre ARTICULAÇÃO.

Qual a semelhança entre a figura ao lado e a nossa ARTICULAÇÃO?

De um modo simples, podemos afirmar que a articulação é responsável pela "moldagem" dos sons que produzimos. É ela que dará "forma" a cada som  depois de amplificado pelos nossos ressonadores. (Veja mais em: Ressonância na Voz Falada)


Os diversos sons da língua são produzidos pelas cavidades acima da laringe. Os sons são moldados através de movimentos precisos de língua, lábios e mandíbula. A articulação deve ser precisa para que as palavras sejam inteligíveis. Os movimentos articulatórios são definidos pela língua utilizada, porém o padrão de articulação sofre influência de fatores emocionais do discurso.

A articulação propicia, além da inteligibilidade da mensagem, um equilíbrio da ressonância vocal. Uma articulação ampla contribui para o equilíbrio das pressões supra e infraglóticas, obtendo uma voz com projeção sem esforço vocal. Como já mencionei inúmeras vezes, TUDO ESTÁ INTERLIGADO, se há um déficit em qualquer das "partes" do aparelho fonador, certamente, o comprometimento será no todo.
Podemos então definir Articulação do som como a passagem do fluxo de ar por algumas estruturas móveis, que podem impedir, bloquear, canalizar ou moldar o som. As estruturas articulatórias para fala são: lábios, bochechas, palato duro, dentes, crista alveolar e palato mole.

Classificação da ARTICULAÇÃO na
Voz Falada
Podemos classificar os tipos de articulação na voz falada em 3 categorias:

- Articulação precisa (é aquela adequada para nossa fala, bem aceita socialmente, há um equilíbrio em todas as estruturas envolvidas)
- Articulação imprecisa (não há muito movimento dos lábios e os dentes ficam praticamente ocluídos, geralmente é acompanhada de loudness diminuido, ou seja, volume baixo)
- Articulação exagerada (o indivíduo faz um esforço desnecessário e há excesso de movimentos da língua, lábios e na abertura da boca).

sábado, 10 de maio de 2014

Como fazer o Drive na Voz

Vocal rasgado Drive


Em termos musicais, a expressão vocal rasgado significa o tipo de voz emitida com "distorção" (também chamado "drive"), som muito utilizado no rock, metal e subgêneros, mas também em outras culturas, especialmente em rituais ancestrais.
Existe bastante discussão acerca da prática de tal sonoridade ser prejudicial à saúde vocal, mas existem vários professores se especializando em desenvolver as técnicas para vocal extremo (Melissa Cross, Rob Lunte, Jaime Vendera, etc).
Ponto pacífico é que é drive é um recurso mais agressivo ao trato vocal, portanto exige maior condicionamento para que seja produzido sem maiores consequências, o que não significa que elas não existirão.
Um outro estilo parecido com o drive é o Fry-Screamo (utilizado por bandas do gênero screamo, que, também, pode ser muito prejudicial a saúde, mas com técnicas certas este pode ser menos prejudicial.

Algumas Dicas

O drive é cantado do mesmo jeito que o screamo, sendo usada a respiração diafragmática e o total relaxamento da garganta, para não machucar as cordas vocais.
 

Drive! - Um ponto de vista.

Drive (ou rasgado) é um dos assuntos que mais interessam aos cantores de rock; Como fazê-lo? e como se faz da forma correta?
Infelizmente não há muito a dizer sobre isso. A única coisa que pode-se garantir sobre o aprendizado do drive é que não deve-se seguir nenhum procedimento dado em vídeos do youtube, nem em textos, mesmo escritos por vocalistas competentes. É um processo interno, trabalha uma simultaniedade entre o golpe de apoio e a ressonância craniana: não é algo que dê pra imitar de ouvido como padrões melódicos. Além do mais o cara do vídeo não está te escutando e o procedimento que ele está fazendo pode não estar sendo imitado da forma correta, mesmo com emissão sonora semelhante.

Exercícios que ensinam a fazer drive simulando rangidos apenas ensinam o sujeito a fazer o rasgado atritando as pregas vocais- que é justamente a maneira de fazer que deixa o sujeito afônico em 3 ou 60 minutos (dependendo da agressividade das canções) porque as pregas vocais incham com o atrito repetido. É mais fácil aprender drive correto pra quem nunca fez do que corrigir os vícios de quem aprendeu a fazer rasgado atritando as pregas vocais.

Com paciência, é possível aprender o Drive sozinho, praticando aos poucos porque no início ele cai na garganta mesmo, especialmente em sons abertos (a, é,ô). Um professor ou colega experiente que possa te ouvir fazendo, pode dar dicas de ouro e ajudar a cortar caminhos; a técnica exige disciplina respiratória.
Vale lembrar que vozes de textura escura apresentam mais facilidade em desenvolver esta especialidade, por sua natureza encorpada e ataque mais brusco e esforçado, enquanto as vozes de textura clara e leve, por seu aspecto doce e melódico, demandam mais disciplina e maturidade interpretativa para desenvolver o drive.

Para a maioria dos cantores, o drive é aprendido na base do auto didatismo;
Frequentemente demora-se a arriscar o rasgado, pois ouve-se histórias medonhas sobre danos sérios causados por negligência técnica, especialmente em meios de técnica mais tradicional,como a lírica.
É uma técnica elaborada sim, exige dedicação sim, demora a ser aprendida, mas o medo de tentar nunca ensinou ninguém a fazer nada.
Quem melhor para representar o Drive
do que Bon Scott?

Ensinamentos

(Lembrando que sempre que for tentar tenha uma garrafa de água em temperatura ambiente ao seu lado e beba regularmente.)
Ao cantar, SEMPRE esteja ereto, bem posturado, para que o ar saia de sua caixa torácica e provoque o som agressivo e rouco sem forçar sua garganta.
Morda um lápis com os primeiros dentes e tente fazer com que o som saia por cima deste.
Assim que conseguir fazer este som sem usar o lápis em sua boca, ache o seu "tom-padrão". Quando achar este você já será capaz de fazer o High-Scream, mas tome cuidado, pois este, se não feito corretamente machucará MUITO suas cordas vocais, por isso beba a água frequentemente enquanto treina este, mas depois que sua garganta "acostumar" com os high-screams não será mais tão necessária a água. Tente high-screams em vários tons vocais, assim vendo qual será o melhor tom para cantar.
Vá com calma, não saia gritando por ai, porque isso só machucaria você, e não ajudaria em nada em seus gritos, apenas vá com calma e tente fazer do modo correto.



Teoria da voz


intensidade

A intensidade da voz depende da pressão sub-glótica, ou seja da sustentação abdominal que permite a potência. A intensidade se conretiza por uma sensação de tonicidade que se distribui pelos órgãos vocais. Ela é percebida como uma energia transmitida, pouco a pouco, ao conjunto das cavidades de ressonância e aos músculos faringo-laríngeos. O cantor, durante o seu trabalho, deve ter conciência do dispêndio muscular que a intensidade requer, da dinâmica vocal apropriada e generalizada que provocarão o enriquecimento do aspecto sonoro.
A intensidade aumenta com a tonicidade e eastá associada à altura tonal , dependendo das vozes, varia de 80 a 120 decibéis

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